domingo, fevereiro 25, 2007

15. Talento ou Não Talento, eis a questão

Sempre me perguntei que coisa misteriosa será essa do talento. Salvo expepções, todos temos duas pernas, dois braços e uma cabeça. Somos divididos em dois grandes grupos, homens e mulheres. Podemos ser brancos, negros, vermelhos ou amarelos. Mas no que realmente interessa, somos todos iguais.

E mesmo assim só existe um punhado de pessoas a quem reconhecemos uma qualidade única a que chamamos talento. Uma qualidade que os faz sobressair dos demais, que fazem tudo, que se esforçam até cair para o lado, mas que nunca chegam lá.

Vem isto a propósito de uma conversa que tive com uma pessoa que conhecia um futebolista que tinha passado pela escola do Sporting e que tinha sido colega do Cristiano Ronaldo. Dizia ele, das centenas de rapazes que passavam por lá, só alguns tinham o talento do Cristiano. Pelo que já li sobre o Cristiano, ele só pensa numa e numa única coisa, na bola. Nos treinos era sempre o que se esforçava mais, porque fazia a única coisa que gostava. E esta é uma qualidade de quem cultiva um determinado talento, porque acredito que o talento, embora exista, tem de ser cultivado, tem de poder crescer.

Portugal só é um país de grandes futebolistas porque é um desporto barato e que pode ser começado cedo sem grande esforço financeiro. Somos um país de grandes corredores e ciclistas pelo mesmo motivo, mas já não temos grandes tenistas nem golfistas. Pelo menos que sejam capazes de competir ao mais alto nível.

Nos outros campos passa-se exactamente o mesmo. São muito poucos os talentos reconhecidos neste país porque são poucos os que conseguem fazer crescer o seu talento. Normalmente só se torna realmente bom quem vai para fora, e não vejo em que isso favoreça o nosso país - pelo contrário.

Curiosamente, poucos dias depois desta conversa deu um programa num sobre antigos futebolistas, talentos promissores há dez anos atrás que por algum motivo sairam do futebol ou foram para equipas menores. Muitos deles colegas do Cristiano.

O caso mais triste era o do guarda-redes, de quem já não me recordo o nome, e que em 2000, tinha o sonho de estar na baliza de uma grande equipa. Em 2007 está detido, no 3º ano de uma pena por assalto à mão armada. Segundo ele, bastou uma decisão mal tomada, um enveredar por más companhias, para se perder um sonho. Resta-lhe o facto de ser guarda-redes no campeonato prisional.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

14. 3x7=21

Primeiro post de 2007. Ter pouco tempo dá nisto. Só ganhei vontade de escrever quando ouvi uma versão techno da "Silent Night". Embora em Fevereiro, senti-me a acordar de uma longa letargia e dizer "Porra, tenho de postar alguma coisa antes do fim do ano!"

Portanto lá vai, e desta vez voltamos à matemática e aos números estranhos. No ano passado, tivemos em Junho o dia 6. Conforme é tradicional - todos os anos existe um dia 6, mas o dia 6 de Junho de 2006 é , segundo dizem, especial. Na bíblia é o número da besta, o que significa que havia uma grande probabilidade de o mundo acabar. Mas não. O único facto realmente importante que aconteceu nesse dia é que coincide com a data de emissão do meu Bilhete de Identidade. Se isto tem a ver com alguma premonição ou não, nunca saberei (ah ah ah! - gargalhada sinistra).

Em 2007, teremos o menos fatídico 7-7-7, que será também lembrado por dois factos lendários: o dia do casamento da minha prima e o lançamento do 7º livro e último livro da saga do Harry Potter. O que os dois acontecimentos têm comum? Duas mulheres que escolheram uma forma simples de nunca ninguém se esquecer do dia mais importante das suas vidas.