domingo, dezembro 30, 2007

203. A Razão de todos os nossos problemas

A razão de todos os nossos problemas reside no facto de termos um Engenheiro-civil como Primeiro-ministro e um Pediatra como líder da oposição. Se juntarmos na caldeirada um operário fabril como secretário-geral do PCP e um dos manos Portas no PP, veremos que o único com verdadeira tarimba política é o Louçã.

E que alguém me prove o contrário: só com muita sorte é que o País encontra o rumo...

202. Olá Ano 8

Resoluções para 2008:

1. Ter um papel mais activo na educação dos meus filhos

2. Perder peso. Estou farto de perder tempo a encontrar roupa que fique minimamente bem. (Não que esteja GORDO, sofro apenas do sindroma BPPPBG - Braços Pequenos, Pernas Pequenas e Barriga Grande)

3. Continuar este blog

(Entre outras coisitas...)

Portanto, boa noite e um bom 2008

201. Adeus Ano 7

Adeus ano 7.

Este foi o ano da morte de Antonioni, Ingmar Bergman, Pavarotti e Benazir Bhutto. Ano do nascimento do meu sobrinho Eduardo.

No plano desportivo, tivemos a confirmação da supremacia de Vanessa no triatlo feminino. Este foi o ano da qualificação da selecção Portuguesa (ou melhor da quase não-classificação). Como se torna habitual, a equipa do Porto entrou a matar na Primeira Liga, enquanto que o Sporting e o Benfica andam aos soluços, consumidos por "problemas de Balneário". Neste fim de ano, Camacho já veio a público anunciar a dispensa de 9 jogadores.

Entretanto, o Braga faz um percurso brilhante nas competições europeias.

O acontecimento mais marcante deste ano foi sem dúvida o caso McCann, o desaparecimento de uma criança mais mediático de todos os tempos. Aconteceu no Algarve mas extravasou para todo o planeta. De acordo com uma entrevista que ouvi do Fernando Alvim com um dos muitos autores que escreveram sobre o caso, houve um pedido da Judiciária para que os McCann não divulgassem as fotos da criança. Eles fizeram o contrário. Souberam aproveitar de tal forma o acontecimento que passados alguns dias ninguém no mundo desconhecia a face da menina. Isto, de acordo com a Judiciária, terá marcado a criança, pelo que, de uma forma ou outra, a probabilidade de que esteja viva é ínfima.

O acontecimento político mais marcante foi a presidência Portuguesa da União Europeia, onde ficou provado que não poupamos esforços nem dinheiro para receber bem e ficarmos bem vistos. Tenho de reconhecer que trabalhámos bem. Só gostava de ver o mesmo empenho para resolver os problemas internos. Não é a destruir os sistemas da Saúde, Justiça e Educação que vamos de certeza encontrar uma solução para a crise.

Na Venezuela, Chavez enfrentou pela primeira vez uma derrota em 14 anos, pelo que o povo Venezuelano deu mostras de estar a acordar.

De resto, todo o mundo parece estar em ebulição. Israel, Líbano, Palestina, Irão, Iraque, Afeganistão, Paquistão e Turquia são as novas zonas em polvorosa. De um momento para o outro apareceu o Darfur. Até mesmo Timor parece ter perdido o seu rumo.

Espero que 2008 traga novidades.

Para começar vamos ter eleições em Angola. As últimas eleições marcaram um recrudescimento da guerra civil que terminaram com a morte de Jonas Savimbi. Espero que este ano todo o processo decorra sem problemas e que Angola mostre que está no bom caminho.

sábado, dezembro 29, 2007

200. Terrorismo infantil

Dos programas mais aberrantes que tive o azar de ver este ano na televisão, o mais estúpido foi sem dúvida "Chiquititas". A minha inteligência foi de tal forma agredida que fiquei com a impressão que os argumentistas deviam ter sido treinados pela Al-Qaeda...

199. Mentes brilhantes

Onde é que os nossos cientistas estão a investir o seu tempo? Será na descoberta da cura do cancro? Será na descoberta de novas fontes de energia?

Nada disso.

As nossas mentes mais brilhantes estão ocupadas a criar gatos fosforecentes...

quinta-feira, dezembro 27, 2007

198. Três, assim não, Três

A antena 3 é realmente de um pormenor assombrante, especialmente depois da contratação da Cláudia Semedo.

Esta senhora diz uma altura, que o favorito dela era Bezegol.

(Claudita, amiga, "Bezegol", antes de ser mais uma banda Portuguesa a cantar em Inglês, era o calão que usavamos no Secundário para Droga. "Andar no Bezegol" era o mesmo que dizer "andar na droga".)

Num recente concurso sobre palavras carinhosas que enviavam para o Blog, diz ela "Olha aqui uma curiosa: parreca".

(Miga, "Parreca" é o calão mundialmente conhecido para designar a parte da genitália feminina conhecida como "vagina".)

Mas não é só a Cláudia que diz asneiras ao vivo. O director da própria estação, que faz com a Cláudia o programa da manhã, indiciou que o filho já tinha visto o filme "I am legend" ainda antes da estreia. Ou seja, pirataria ao barulho, e já é a segunda vez que isto vem à baila no 3º canal da Rádio Pública.

197. Adeus Benazir

Benazir Bhutto foi assassinada hoje por um bombista suicida.

A mulher viva mais corajosa da actualidade derrotada por um covarde sem coragem para assumir a responsabilidade dos seus actos.

Mais uma página negra para a história da humanidade.

196. A revolta da natureza

Escrevo isto enquanto oiço um documentário da 2 sobre tubarões. Na última terça-feira um rapaz de 17 anos foi morto por um tigre no jardim zoológico de São Francisco. A probabilidade disto acontecer fora da selva indiana é ínfima, e tinha logo de acontecer a um filho de pai Português - o que prova que temos mesmo uma sorte do caraças.

195. O insustentável peso da imbecilidade

Durante o almoço do Dia de Natal alguém se saiu com esta: "O preto morre de fome porque é preguiçoso."

Desta afirmação tiro duas conclusões:

(1) O vinho purifica a alma e trás ao de cima os nossos pensamentos mais sinceros

(2) Estou rodeado de imbecis...

quarta-feira, dezembro 26, 2007

194. Portugal no seu pior

Meus amigos, podemos discordar das ideias de um homem, podemos não gostar dos sermões de um padre, até pode ser que não gostemos das tácticas de um treinador de futebol e nada nos proibe de não gostar de marcas de carros alemães...

Mas agredir um padre, que também é treinador de futebol, apedrejar o seu Mercedes e deixar em cuecas o pobre representante de deus, creio que já é demais...

Aconteceu em Alijó, quando o pároco se preparava para celebrar a missa do galo.

193. Dezembro

Dezembro é um mês do caraças...

Primeiro levamos com dois feriados no início e outros dois no fim, espaçados por uma semana. Parece ser uma boa ideia, mas para os profissionais da informática é um pesadelo - os clientes querem sempre implementar alterações nesta altura do ano.

Depois queremos passear com a família ao fim de semana, como estamos no Inverno somos empurrados para os Centros Comerciais, mas porque estamos no Natal nem sequer conseguimos lá entrar. Estacionar o carro, então, nem pensar.

No Natal comemos como se fossemos ursos a preparar para hibernar. Nos supermercados chegamos a comportarmo-nos como tal para conseguir o melhor bacalhau ou o melhor bolo-rei.

Mais, oferecemos de uma vez só todas as prendas que andámos a recusar aos nossos filhos durante o resto do ano.

Por último, queremos sair para a night no último dia do ano e nem podemos abanar os dedos, quanto mais o capacete, com a confusão que reina na discoteca.

Por estes factores, proponho que seja abolido o mês de Dezembro. Passa-se de Novembro directamente para Janeiro, de uma forma simples e barata, sem "estresses" desnecessários. Reduzem-se de uma assentada os suícidios, ataques cardíacos, bebedeiras e acidentes de viação.

192. Anúncio por um Portugal Melhor

Alguém podia fazer um anúncio sobre o estado de espírito de grande parte dos Portugueses.

Algo do género:

"Se eu não comesse...
Se eu não bebesse...
Se eu não pagasse a prestação da casa...
O dinheiro chegaria até ao fim do mês!"

terça-feira, dezembro 25, 2007

191. O que tu queres sei eu...

O que tu queres sei eu:

Um mundo melhor em 2008!!!

(esta é para aqueles que enviam egoístas desejos de prosperidade - 70 % da população mundial vive na merda e o que nós fazemos? Puxamos simplesmente o autoclismo...o que não vês ou cheiras não te incomoda. Mas ela estará sempre lá.)

sexta-feira, dezembro 21, 2007

190. O jogo mais sádico

O jogo mais sádico de cartas deve ser o "Catch fifty-two", conforme descobri há vinte anos, quando esteve cá a minha tia dos Estados Unidos.

É um jogo para duas pessoas e um baralho de 52 cartas. A primeira pega no baralho na mão, e depois aperta as cartas com força até elas se espalharem por todo lado. Depois essa pessoa diz "Apanha as cinquenta e duas", para o tanso do segundo jogador.

O segundo jogador procura então um tanso ainda maior para se vingar...

quinta-feira, dezembro 20, 2007

189. Biba o Vraga

Com a brilhante vitória do Braga sobre o Estrela Vermelha, são já 4 as equipas que seguem em frente nas competições europeias. O curioso é que é a primeira vez que ainda temos 4 equipas depois do Natal.

Há coisas fantásticas, não há?

Agora, como se explica que sejamos tão bons lá fora enquanto ao mesmo tempo temos um campeonato nacional tão fraco (pelo menos quando comparamos com os campeonatos espanhóis ou ingleses)?

Não quero pensar que os nossos jogadores suam as estopinhas lá fora para darem nas vistas e conseguirem dessa forma um contrato milionário.

Ná...

188. Falta de Espaço

Falando de argumentistas, não podia deixar passar esta pérola. Havia uma série de ficção científica inglesa, "Espaço 1999", que esteve no ar deste 1975 até 1978. Teve bastante sucesso na altura, e um fim relativamente prematuro.

Depois de uma primeira temporada bem sucedida, os produtores tentaram levar o programa para os Estados Unidos. Cedo se depararam com um público diferente, pouco habituado à profundidade de alguns argumentos. Os mesmos argumentos que eu considero ser do melhor que já apareceu na televisão, mas os produtores decidiram simplificar os argumentos da segunda temporada, "ajustando-os" à mentalidade Americana (ou melhor, à mentalidade que os gestores dos canais dos Estados Unidos julgavam ser a imagem do Americano).

Os problemas começaram quando os actores, começando por Martin Landau, começaram a boicotar a série por causa da imbecilidade dos argumentos. A polémica foi de tal ordem que tiveram de acabar prematuramente a série.

O curioso é que as séries actuais como o House, Lost, e companhia, apresentam argumentos bastante complexos, e são exemplos de sucesso, pelo que, das duas uma: ou o expectador Americano melhorou com o tempo (como o vinho do Porto), ou os produtores simplesmente se enganaram.

187. Ressaca

Com a greve dos argumentistas nos Estados Unidos muitas são as séries temporariamente suspensas, ou novas temporadas adiadas. Isto vem evidenciar apenas um fenómeno que já se sentia mas que agora se torna mais notório - a "série-dependência". As pessoas que sofrem desta doença ficam viciadas em séries e não descansam enquanto não vêem o próximo episódio.

É fácil descobrir "série-dependentes". São aqueles tristes que no momento actual estão a ressacar, batendo violentamente com a cabeça nas paredes e a chorar pelos cantos. Alguns deles já foram dependentes de drogas duras, mas reconhecem que a "série-dependência" os atira para um grau mais profundo de desespero.

186. Dezasseis

Apareceu na página do MSN a notícia da gravidez de Jamie Lynn. Como não sabia quem era, não liguei. Aos poucos porém fui sabendo de outras fontes mais pormenores. Ela tem apenas 16 anos. Seria apenas mais um número a adicionar à estatística das futuras mães-adolescentes nos Estados Unidos, não fosse o facto de ser irmã de Britney Spears - além de ser actriz.

Pelas notícias que correm, o namorado, um jovem de 18 anos, espera a todo o momento a visita dos nossos "amigos com algemas".

Agora pergunto: que me interessa saber que a irmã da mulher mais falada do planeta segue o mesmo caminho?

A resposta é simples: não me interessa nada. E também não interessa estar a escrever este artigo, porque estou simplesmente a fazer o mesmo jogo.

Pelo que ficamos por aqui.

Boa noite.

185. Passeio higiénico

Há cenas cómicas sobre as quais é muito dificil não escrever.

Esta passou-se perto das 22h, em Braga. A noite estava escura e ventosa. Ameaçava chover. Um homem de meia idade estava parado na rua, segurando pela trela um cão de estatura média, que aviava freneticamente a sua cadelita.

O curioso da cena era o ar do homem, que parecia estar a pensar "anda lá, despacha-te". Além disso estava de costas para os cães, como se os cães precisassem de privacidade para procriar.

184. Botão de Pânico em Tóquio

Um dia li um artigo sobre o Metro de Tóquio, um dos melhores exemplos de eficiência a nível mundial. Tão pontual que podemos acertar o relógio pela chegada dos combóios.

Além disso, tem o pormenor da existência de um botão nas estações, que permite parar automaticamente toda a circulação caso alguém caia à linha. Pelo que estava escrito, não se verificava nenhum abuso de utilização do botão.

Se fosse em Portugal, o botão estaria gasto de tanto tocar. E se tivesse um sinal a indicar que era proibido usar excepto em caso de necessidade ainda pior, porque o tuga não descansa enquanto não fizer o que é proibido.

183. Anedota de Natal

Era uma vez um homem rico que tinha dois filhos com temperamentos completamente diferentes. O mais velho era extremamente pessimista, enquanto que o mais novo era precisamente o contrário - um optimista.

Preocupado com a atitude do filho mais velho consultou um psicólogo, que lhe deu o seguinte conselho "Como estamos no Natal, dê ao mais velho uma prenda muito boa, o melhor que existe, enquanto que ao mais novo vai dar um monte de bosta. "

O homem assim fez. Passado o Natal voltou a consultar o psicólogo que o inquiriu sobre o resultado da experiência.

"Bem, Sr. Doutor, dei um Porsche ao meu filho mais velho."

"E ele ficou contente?", perguntou o psicólogo.

"Nem por isso. Disse que se lhe dava um carro daqueles era porque o queria ver morto.", respondeu o pai.

"Compreendo. E o mais novo?"

"O mais novo viu o monte de bosta de cavalo no jardim e desatou a correr aos gritos 'Onde é que está o cavalo?'"

sábado, dezembro 15, 2007

182. Bali (2)

Uma hora antes de escrever o artigo sobre Bali, os Estados Unidos voltaram atrás e chegaram a acordo. Um acordo que não é o óptimo, mas já é um bom começo...

181. Benditonatal (1)

Depois de uma série de artigos anti-natalícios, aqui fica uma nota positiva. Uma prova da existência subtil do pai natal aconteceu na semana passada. Fizemos as compras no Toys'R'Us e quando chegámos a casa verificámos que uma das compras não tinha passado na máquina registadora.

Portanto ele anda aí, na forma de um empregado da caixa esquecido. Esqueçam a barba e a roupa vermelha. Esqueçam a rena e o trenó.

180. Bali

De volta às coisas sérias. A cimeira de Bali, que para muitos é vista como um fracasso pela recusa dos negociadores de Bush em aceitar cortes nas emissões de gases, é vista por mim como uma vitória. Serviu pelo menos para provar que a Administração de Bush está isolada nesta decisão.

Neste momento, são já 700 cidades as que estão decididas a cumprir as metas definidas em Quioto, bem como todo o Estado de Califórnia. Além disto, o próprio congresso já deu mostras de não estar de acordo com o Presidente.

E como é muito pouco provável que o próximo presidente, quer seja Hillary Clinton ou Obama subscrevam esta decisão de Bush, teremos mudanças nos próximos dois anos.

Se esta mudança virá a tempo, ninguém sabe. Tudo o que foi previsto pelos cientistas está a confirmar-se, pelo que a discussão já não é a de saber se o aquecimento global se tornará uma realidade, mas sim como minorar as suas consequências.

Portanto, se a grande preocupação do Sr. Presidente Bush é a de deixar a sua marca na história, façam-lhe ver que pode deixar de se preocupar tanto. A história já tem um lugar especial para ele, juntamente com todos aqueles que são para nós exemplo dos erros dos governantes...

PS - E já agora deixe de fazer filmes com os bobis. Não lhe fica nada bem...

quinta-feira, dezembro 13, 2007

179. Ronaldo

Já que estamos numa de anedotas...

O Cristiano Ronaldo foi jantar à casa da namorada indiana. A mãe dela fez um caril especialmente picante. Depois do jantar eles sentam-se na sala, ele escolhe o sofá. Pouco tempo depois começa a ficar mal disposto e vê-se obrigado a soltar os gases, uma coisa discreta, que esperava ninguém perceber.

"Sai daí bobi", diz a mãe da namorada, para o cão deles que estava por trás do sofá.

Percebendo que o cão tinha apanhado com as culpas, Ronaldo deixou sair mais alguns gases, desta vez em mais quantidade.

"Sai daí bobi", repete a mãe da namorada.

Aí o Ronaldo percebeu que tinha carta aberta e não aguentando mais deixou sair todo o gás que tinha preso nos intestinos.

No fim, já mais aliviado, ouve a mãe da namorada a dizer "Sai daí bobi, que ainda morres intoxicado."

É porca.

Eu Sei.

Boa Noite...

178. As irmãs Medalha

Esta foi contada pelo José Nunes na Antena 3. Ao que parece é verídica.

Um homem está na casa do sogro, onde este está a ver uma competição de atletismo feminino na Rússia.

A certa altura o sogro exclama "Que engraçado, são todas irmãs!"

O genro tenta saber a razão do seu espanto, ao que o sogro responde, a apontar para a televisão. "As três vencedoras são todas irmãs: Silver Medal, Bronze Medal e Gold Medal".

O genro tenta explicar que se trata do nome das medalhas, ao que o sogro contrapõe, nada convencido: "Agora vais dizer que sabes russo..."

177. Loiras

Não gosto particulamente de anedotas de loiras. Acredito que as loiras são inclusivamente mais inteligentes do que as morenas, pelo simples facto de não pintarem o cabelo de preto por haverem tantas anedotas a atacar o seu intelecto. Pelo contrário, creio que as verdadeiras "burras" são as loiras falsas, morenas que querem à força serem loiras e gastam rios de tinta para o fazer.

Aqui fica no entanto uma "pérola":

Qual é a diferença entre uma loira burra e uma loira inteligente? A loira burra escreve no caderno o que a professora escreve no quadro. Quando a professora apaga o que está no quadro, a loira burra pega na borracha e apaga o que escreveu no caderno. A loira inteligente já percebeu que a professora vai apagar o quadro e não escreve nada no caderno.

terça-feira, dezembro 11, 2007

176. Raispartaonatal (5)

Na Austrália está a haver um movimento a favor da substituição do tradicional "ho ho ho!" do Pai Natal por um mais politicamente correcto "Ah Ah Ah!", dado que o termo "Ho" lembra a expressão "whore" (prostituta).

Já agora tirem as vacas, as cabras e as ovelhas do presépio porque podem ofender as ditas senhoras.

E os três reis magos não podem oferecer incenso e mirra, porque pode virar moda snifá-los. E o facto de virem de camelo pode ser preconceito contra os árabes. Portanto fora com os camelos.

Em vez disso ponham no presépio uma assistente social a fazer perguntas idiotas sobre o estado de pobreza do casal, e uma equipa de reportagem da TVI...

175. Bravo, Manoel

Manoel de Oliveira faz hoje 99 anos. Espero chegar à idade dele com pelo menos metade da sua saúde.

Quanto aos filmes que faz, para 99 anos já havia tempo de começar a fazer filmes interessantes...

Agora a sério, reconheço-lhe o Aniki Bobó como filme de culto, tal como reconheço no Memorial do Convento um livro de excepção de outro monstro da nossa cultura.

Mas tinham de ser tão impenetráveis?

segunda-feira, dezembro 10, 2007

174. Raispartaonatal (4)

O subsídio de Natal devia vir em Outubro.

Passo a explicar. Em Novembro chegou o catálogo do Toys'R'Us. Estes tipos sabem-na toda. Congelam o catálogo o resto do ano para depois fazerem o seu envio um mês antes do natal, para prepararem a cobiça dos filhos e a carteira dos pais.

Este ano a minha filha mais velha pegou no catálogo e foi perguntando ao meu filho mais novo o que ele queria. Depois foi para o computador fazer a carta ao Pai Natal com os pedidos dos dois. Mais valia terem posto simplesmente o número da página ou o código EAN.

O curioso é que todos os anos há brinquedos que se tornam moda. Se o ano passado foi o carro do filme "Carros", este ano é o camião do mesmo filme. O mesmo que o meu filho pôs no topo das preferências (na realidade são mais exigências ...), e mesmo que está esgotado em todos os sítios. Parece aquele filme com o Arnold Schwarzenneger, mas tornado realidade.

Ou seja, ou o dito subsidio começa a vir mais cedo, ou começa a vir mais cedo a publicidade do Toys'R'Us. Ou em alternativa, e aquilo que deve ser barato, vou ter de treinar o truque de "mandar o dito catálogo direitinho para o lixo".

Sem grandes ondas, sem birras.

A carteira agradece...

173. A curiosidade matou o gato

Não sei ao certo o que matou o gato, mas lá estava ele no meio da estrada, em plena autópsia.

Não sei ao certo o que matou o gato, mas sei que se eu conduzisse um bocado mais rápido, qualquer coisa de mal ia acontecer aos dois putos que admiravam o cadáver felino, no meio da estrada, vestidos de escuro numa rua pouco iluminada.

Na berma da estrada as respectivas mães punham a cavaqueira em dia e nem se incomodaram em chamar os filhos, que não deviam ter mais de quatro anos.

172. Raispartaonatal (3)

E para terminar de achincalhar o Natal, temos o incidente da árvore.

Temos uma iluminação na árvore made in China, do melhor. Até toca o Jingle Bells e tudo, é a última palavra. Claro está que a primeira coisa que faço quando chego a casa é tirar o pio ao Jingle Bells, porque duas horas daquilo é coisa para fazer pecar um santo.

Mas desta vez a porra da árvore vingou-se.

De sábado para domingo falhou várias vezes a luz. À uma da manhã fui para a cama durante um dos black-outs, à la Stevie Wonder, a tactear o caminho, braços esticados e a cantarolar "we are the world".

Às três da manhã acordo com uma música estranha e metade das luzes ligadas. A porcaria da árvore tinha voltado ao volume normal depois de ficar muito tempo desligada, acordando de certeza metade da vizinhança....

171. Raispartaonatal (2)

Primeira cena natalícia, o arranjo da árvore de natal. Este ano teve mais piada, porque o meu filho atirou com as figuras do presépio ao chão.

Resultado: um politraumatismo no Menino Jesus, São José partiu a auréola, um pastor perdeu ambas as pernas e duas ovelhas não têm safa possível.

170. Raispartaonatal (1)

O Natal na nossa família foi sempre uma época estranha, desde o acidente com a caldeira que ia rebentando com a nossa cozinha no Dia de Natal.

Sinceramente, não percebo o Natal. Uma vez por ano as pessoas lembram-se de torrar dinheiro a oferecer coisas que podiam muito bem ser dadas de um forma gradual, ao longo do ano. Mas não. Ainda por cima as pessoas devem sentir-se carentes, pelo que toca a encher os corredores dos Centros Comerciais. Ainda por cima, sempre os mesmos corredores dos mesmos centros comerciais.

Em Dezembro não se pode ir a lado nenhum sem corrermos o risco de sermos pisados, massacrados violentamente contra as montras. Já bastava a tortura psicológica de olhar para os preços das mesmas montras, ainda temos de sentir o sabor do vidro.

domingo, dezembro 09, 2007

169. Marmelada

Foi criado um conjunto de diplomas que regulamentam muito da nossa industria alimentar. Alguns desses diplomas poem em causa algumas das nossas tradições, chegando mesmo ao ponto de criar um diploma único a regulamentar a marmelada.

Ou seja, por um lado vem o nosso Presidente pedir para que os portugueses procriem mais, por outro lado arranjam normas para a marmelada.

Em que é ficamos, carago?

De aqui a algum tempo já não se pode dar uma rapidinha à vontade sem correr o risco da ASAE se intrometer...

168. Etimologias (2)

E depois de vermos o significado de Lusitânia e de Espanha, de onde vem o termo "Europa"?

Diz a lenda que Europa era uma mulher fenícia, por quem Zeus se apaixonou. Tomando a forma de um touro, Zeus colocou Europa no seu dorso e nadou para uma ilha, onde mostrou a sua verdadeira forma e a seduziu.

Ou seja, continuando a saga, vemos que a nossa Europa era uma grande ordinária. Os nossos amigos gregos tinham realmente muita imaginação...

167. Assim não, Nicole!

Há filmes bons, daqueles cuja recordação se entranha na nossa mente como as recordações felizes da infância.

Há filmes razoáveis, que nos ajudam a passar o tempo. Esquecemo-nos deles assim que termina o genérico final.

Por último, há filmes terríveis que nos apetece deixar a meio. Tinha um primo que saíu a meio do "The purple color", quando se apercebeu que todos os actores eram negros. Eu gostei do filme e gostei muito mais do livro.

Outro filme que me marcou pela negativa foi o filme "Crash" do David Cronenberg. Metade da plateia do cinema saiu no intervalo, e só ficamos seis ou sete gatos pingados a ver se o filme melhorava na segunda parte - o que não aconteceu.

Vistos em casa temos o Vanilla Sky, o qual não deve ser visto com menos quantidade de drogas que o realizador tinha nas veias quando o fez, e a mais recente adição a este grupo o insosso "The invasion", com a Nicole Kidman, cuja figura é a única coisa que salva o filme daquilo que os ingleses chamam de "oblivion", o total esquecimento. De qualquer forma, não consegui ver o fim do filme.

166. Meia aranha

É do dominio público a minha fobia de insectos. Ou se calhar não era do domínio público, mas agora já é. Não interessa. Um homem tem de ter orgulho nas suas fobias, porque homem que é homem tem de ter medo de ratos, cobras e das sogras. Não necessariamente por esta ordem. Além disso não tenho medo de ratos ou cobras - acho-as criaturas simpáticas.

De qualquer forma a seguinte banalidade passou-se no meu carro. Ia eu a conduzir quando vejo um insecto a descer do espelho em direcção à alavanca das mudanças. Tratava-se da aranha mais estranha que já vi até hoje, completamente branca, do tamanho de uma moeda de dois euros. A característica mais nojenta era a falta de metade das patas.

Em plena condução deixei-a poisar na alavanca, depois atirei-lhe com um lenço, com dois pensamentos na cabeça:

1. Para os que dizem que não se deve conduzir sob o efeito do alcool ou a falar ao telemóvel, experimentem ter uma aranha poisada na alavanca das velocidades.

2. Embora a bicha fosse nojenta, ainda devia haver algo mais nojento no carro, com apetite por aranhas...

165. Dez Milhões

Dez milhões. É quanto vai custar ao país a cimeira Europa-África. Seriam dez milhões e meio se Kadhafi não tivesse rejeitado a proposta de alojamento num hotel de cinco estrelas.

Gostava de ser uma mosca para saber o que terá dito o nosso Primeiro sobre a decisão do líder Líbio em fazer campismo, mas tenho o pressentimento de que terá sido um "Porreiro, pá", de alívio.

quarta-feira, dezembro 05, 2007

164. Greve Socrática

Não podia deixar de colocar aqui este vídeo de (mais um) sketch dos G.F. . Desta vez considero que os quatro rapazes passaram o risco.

Brilhante!



(Pergunta, acham que o nosso Primeiro terá achado a mesma piada?)

163. Spot

Fantástico, fantástico, só o spot publicitário sobre o concerto de Natal da Orquestra Sinfónica Infantil:

Um casal de meia idade heavy metal na sala, a ouvir rock da pesada na sala, a filha vestida de cor-de-rosa e levando uma caixa de um instrumento musical (talvez violino), despede-se dos pais e depois sai de casa.

E diz a mãe heavy metal para o pai heavy metal, "Estou a ficar preocupada com a nossa filha"

Ao que responde o pai "Pois é, vou ter de ter uma conversa com ela..."

Muito bom.

162. E o burro sou eu?

Brilhante "esta" ... digo "este" sketch dos G.F.




(Já sei ... foram precisos 161 artigos de chacha para pôr, finalmente, qualquer coisa a mexer...)

terça-feira, dezembro 04, 2007

161. Patos

Mais uma banalidade: Domingo à noite vinha na A27 em direcção a Ponte de Lima. Noite cerrada, o verdadeiro breu. A meio caminho vi luzes na berma, por isso abrandei, com a nítida imagem do nosso falecido amigo da A25 na memória, mas era "apenas" uma ambulância parada na berma, com todas as luzes a piscar.

Hoje em dia vemos cada vez mais ambulâncias paradas na berma, com tendência para piorar à medida que aumenta a distância para as urgências e os hospitais centrais.

Depois de passarmos pela ambulância, curioso mas ciente do facto de provavelmente nunca vir a saber o que se passava na ambulância (ou antes, será que precisamos de saber tudo o que se passa à nossa volta?) , tive um momento à la Monty Pyton.

No meio da noite escura, no meio da A27, no meio do nada, estava um pato vivo, a apenas 100 metros da ambulância.

Fez-me lembrar uma viagem que fiz com os meus pais. De noite, no meio do monte, uma raposa atravessou-se no nosso caminho. O meu pai abrandou, o bicho fitou-nos com o descaramento de quem diz "isto é meu, vão-se embora", e depois pirou-se, que as galinhas não esperam.

Ou aquele outro momento memorável, na via rápida Braga-Póvoa de Lanhoso, ia eu a chegar à Póvoa quando vi um burro (de quatro patas) a descer a trote acelerado.

Ainda por cima o bicho vinha a transgredir, porque estava na faixa da esquerda, mas não devia ser multado, porque como é do domínio público, o sentido de auto-protecção é muito forte entre os da mesma espécie...

160. Etimologias

Para os (poucos) que querem saber a origem das palavras "Lusitania" e "Espanha", cá vai:

Lusitania vem de "Luso", filho de Baco, Deus do vinho e das festas.

Espanha vem de "Hispania", ou terra de "Pan". Pan era um fauno, meio homem, meio bode, filho de Zeus e da sua ama de leite, uma cabra (pensando bem, talvez venha daqui a inspiração para o filme sensação do ano passado sobre a guerra civil Espanhola, "El labirinto del fauno").

Nenhum dos termos fica muito bem na figura, mas demonstra principalmente o bom humor dos povos antigos, perdido algures no caminho para a seriedade cinzentona da actualidade.

159. Crónica de um ET assumido

Por vezes tenho este pensamento recorrente: como veria um extra-terrestre a nossa civilização?

Primeiro olharia para nós com estranheza: somos os únicos seres vivos que precisam cobrir o corpo para viver. Mais, somos os únicos que temos vergonha desse mesmo corpo (e é muito provável ainda que sejamos os únicos a terem esse sentimento).

Num segundo momento olharia para os nossos hábitos. Deduziria pela nossa biologia que teríamos necessidades básicas de sobrevivência, como comer, beber, defecar, urinar e dormir. E mesmo assim, o ser humano transformou as suas necessidades básicas (ou pelo menos algumas delas) em arte.

Temos milhares de formas de cozinhar os alimentos, temos rituais próprios de alimentação.

Criámos um conjunto enorme de bebidas, muitas delas altamente prejudiciais.

Inventamos camas e formas de dormir.

Temos necessidade de comunicar, inventamos a fala. Depois transformamos a fala em arte, inventando histórias. Numa fase posterior, usamos a nossa musicalidade e transformamos a arte de falar em música.

Quando nos cansamos da oralidade, inventamos a escrita, criamos o livro.

Descobrimos que alguns materiais deixam traços nas paredes, inventamos a pintura. Pegamos num pedaço de terra e criamos uma estátua.

Da nossa necessidade de manter a espécie, inventamos o Kamasutra.

De tudo o que toca, o ser humano tem a capacidade de realizar a sua arte, completar o sonho.

Mas existe um outro lado mais negro - facilmente nos deixamos corromper pela inveja e pelo orgulho.

Tornamo-nos violentos, mas mesmo dessa violência conseguimos criar uma certa forma de arte que a completa, sendo que um dos mais flagrantes exemplos está patente no nosso Hino.

158. O altruísmo não compensa

Algo que não está na moda é, definitivamente, o altruísmo. Se paramos para ajudar alguém que desconhecemos, somos olhados quase como páreas da sociedade, conspiradores.

Aconteceu este fim de semana, na A25. Um mercedes despistou-se e ficou no meio da via. Um automobilista parou o carro na berma e foi tentar ajudar.

Este gesto altruísta custou-lhe a vida, ao ser apanhado por um terceiro veículo.

Portugal não é, de certeza, o país certo, nem para altruístas nem para heróis.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

157. Por onde andas, meu?

Um dos meus muitos vícios é o de procurar pessoas que conviveram comigo nos anos 80 e que por algum motivo desapareceram sem deixar rasto. O mesmo se passa com os actores que fizeram os filmes dessa década. À excepção de um punhado de actores, a grande maioria desapareceu para outros papeis, na maior parte deles mais obscuros.

Quatro exemplos:

Primeiro, o actor de ET praticamente desapareceu. Só se voltou a ver no lançamento da edição especial, quando reuniram de novo o elenco. Quanto à miudinha, Drew Barrymore, não vale a pena falar (está em todas).

Em segundo, quem se lembra de um dos primeiros filmes do Spielberg, "Os Goonies"? O asmático actor principal voltou agora como o amigo de Frodo, "Sam Gamgee", na trilogia do Senhor dos Anéis.

E quem se lembra da boazona do filme "Gremlins"? Tornou-se na senhora "Kevin Kline".

E por último, quem se lembra de uma menina que dançava com Bruce Springsteen num teledisco? Tornou-se na Mónica Chandler, da série Friends.

156. Macacadas

Recebi a seguinte anedota, que tem qualquer coisa de anormal:

"Num Jardim Zoológico o director soube que a única gorila fêmea estava a entrar no cio. Temendo que ela entrasse em depressão, e sabendo que um dos tratadores era bastante dotado, fez-lhe a seguinte proposta:
- Por quinhentos euros, queres ter sexo com a gorila? - perguntou o director, ao que o empregado respondeu que ia precisar de pensar no assunto.
No dia seguinte o tratadorpediu para falar com ele e disse-lhe:
- Sr. Director, aceito a sua proposta com três condições.
- Diga.
- A primeira é: nada de beijos.
- Aceite.
- A segunda condição é: nada de filhos.
- Muito bem. E a terceira?
- Sr. director, vou precisar de mais uma semana para arranjar so 500 euros..."

155. O lado negro da wikipedia

É um vício, a wikipedia, mas como tudo tem o seu lado negro. Este lado negro não se sente tanto nos conteúdos em Português, que são em tudo semelhantes aos conteúdos dos nossos livros de escola, mas quando começamos a debruçar-nos sobre os conteúdos em língua inglesa, parece que estamos a mergulhar num mundo à parte.

Qualquer que seja o tópico, quer seja a música, a culinária, a história ou o cinema, descubrimos sempre algo de diferente. Chegamos mesmo a descubrir conteúdos sobre Portugal que são mais informativos do que os mesmos conteúdos na wikipedia portuguesa. Não sei como isto pode ser possível, mas é a mais pura verdade.

O famoso lado negro dos conteúdos ingleses centra-se num certo exagero descritivo nos temas mais violentos - o exemplo mais notório que encontrei está patente na biografia de Vlad III, ou "Vlad o Empalador". A descrição da forma cruel como executava tanto os inimigos como os seus compatriotas está feita de uma forma tão pormenorizada que ultrapassa em muito os filmes de terror - não aconselhado aos estômagos mais sensíveis.

154. Negro de raiva

Preparava-me para pintar de negro este blog. Negro de raiva, pensando que o povo Venezuelano ia pactuar com os desígnios de Chavez e transformar o país num regime Comunista.

Mas não.

O referendo foi recusado (por pouco, muito pouco) , pelo que o povo Venezuelano está de parabéns. Está também de parabéns o próprio Chavez pela forma "humilde" como aceitou a derrota. Segundo um artigo que li, ele sentiu-se "aliviado" porque o povo tinha resolvido de forma democrática o "dilema" que o "afligia".

Fantástico. Se ele não se tivesse dedicado à política daria um fantástico advogado.