237. Monstros

Acabei de ver um filme radical. Em todos os aspectos.

Cloverfield é uma mistura entre Godzilla, Alien e Blair Witch. Seco e duro, consta do visionamento de um filme tirado directamente de uma "handy cam", ao longo de um ataque de uma criatura que destrói literalmente Nova Iorque. Talvez um primo afastado de Bin Laden, mas sem a Barba e com sérios problemas de locomoção.

É uma lufada de ar fresco cinematografico a todos os níveis, a começar desde logo pela promoção, que é descrita na internet como sendo "vírica". Um autêntico virus, feito desde o ínicio com recurso à internet, usando trailers no youtube e sites do género.

Seja como fôr, vale a pena cada minuto (de qualquer forma o filme só tem 1:13)...

PS - Pormenor importante: durante o tempo que esteve nas salas, o filme só aparecia na agenda e na apreciação do crítico, onde tinha geralmente uma classificação de "bom". No entanto não aparecia nenhum texto a acompanhar a crítica, como se o filme aparecesse ali do nada. Ou seja, como se não houvesse dinheiro para pagar aos críticos para escrever um parágrafo a comentar o filme. Pelo menos foi assim em todos os jornais que pude consultar.

236. Cérebros

Enviaram-me um mail castiço com um vídeo onde um comediante americano falava sobre as diferenças dos cérebros masculino e feminino.

Segundo ele, o cérebro masculino funciona por "caixas". Cada assunto tem a sua caixa respectiva onde é metido tudo o que diz respeito a esse assunto. Quando é preciso falar sobre esse assunto, o homem abre essa "caixa", e não consegue falar de mais nada que não diga respeito ao conteúdo da caixa.

O cérebro das mulher funciona de forma radicalmente diferente. É um amontoado de fios, onde todos os pensamentos estão ligados por uma "cola" que são as emoções. Funciona como uma "super-estrada da informação". O cérebro delas mantém-se sempre activo, contantemente a pensar em coisas diferentes que consegue interligar.

O homem, por outro lado, possui, além das restantes caixas, a caixa do "nada". Caixa esta que fica sempre vazia. O homem fica feliz quando usa esta caixa e tenta fazê-lo sempre que possível. As mulheres cobiçam este talento, que faz com que os homens consigam "desligar" completamente o cérebro e desfrutar de prazeres calmos como o da pesca.

235. Má Educação

Os professores resolveram marcar manifestações por SMS, à revelia (óbvia) do Ministério da Educação e também à revelia dos próprios sindicatos, o que levanta problemas interessantes. Quando um grupo de manifestantes se reune à revelia da sua estrutura sindical sugere à partida a conivência da estrutura sindical com o objecto da Manifestação, e revela também a dimensão do mal estar existente na classe.

O problema é que não basta enviar um SMS e fazer uma manifestação, sem dizer nada às autoridades. Estamos num país que muitos dizem ser livre, mas por enquanto ainda há regras, e as autoridades têm de ser informadas.

Para a próxima, mandem também um SMS para os polícias. As operadoras de telemóveis agradecem e esfregam as mãos de contentamento. Por uma vez no ano, o envio de SMS feito por professores foi superior ao número de SMS enviados pelos alunos, no mesmo periodo.

234. Eleições à Americana

Sempre me confundiu o processo eleitoral Americano. Quero dizer, o longo e dispendioso processo eleitoral Americano. Como tudo, tem de haver espectáculo.

A minha confusão começa pelo facto de só haver dois partidos. A América tornou-se independente da Inglaterra com o custo de uma guerra sangrenta, mas manteve o mesmo sistema político bi-partidário. Ao fim ao caso, simplifica a vida das pessoas, que não têm de decidir entre 10 partidos.

Ou somos Elefantes ou somos Burros. Simples.

Quem terá inventado esta coisa dos animais? Não podia ter usado animais mais dignos e menos "anedóticos"?

Este ano a verdadeira luta não é entre os dois candidatos "finais", mas entre Hillary, que além de mulher carrega o fardo dos pecados do marido, e Obama, que tem o nome errado, bem como o tom de pele. Não que eu não gostasse de ver uma mudança nos comandos daquele país, mas parece-me improvável que nesta América cada vez mais conservadora e fechada não ganhe McCain.

233. Castidade acima de tudo

De tempos a tempos algo aparece no panorama televisivo que sobressai. Na maior parte das vezes quando isso acontece não significa que o que sobressai sejam os valores morais. Esses não vão mudar por causa de uma série. Pelo menos quando chegamos a uma determinada idade. No entanto, séries como Dexter ou Nip/Tuck são excessivamente interessantes porque incomodam.

Nip/Tuck é fantástica pela forma não convencional de abordar temas que normalmente nos chocariam até à medula. Com quatro ou cinco episódios tornamo-nos capazes de esperar o inesperado em qualquer situação.

Dexter é diferente. Começa pelo simples facto da personagem principal ser um psicopata que trabalha para a polícia, de uma forma tão desajustada como um pedófila numa creche. Estou mesmo a ver as mentes mais castas da nossa socidedade a pedir o seu cancelamento como está a acontecer no Estados Unidos.

232. Coitus Interruptus

Espero que ninguém no seu juizo perfeito esteja a seguir as séries "Sexto Grau" ou "Reencontro com o passado". Qualquer uma das duas foi cancelada nos Estados Unidos, pelo que não faz sentido continuar a seguir séries que nunca vão ter fim.

Pergunta: o que leva o novo patrão da 2 a comprar séries que obviamente devem ser mais baratas, sem informar as pessoas que aquilo não está completo? É como enganar as pessoas. Publicidade enganosa. Pura e dura.

231. Swing,Harry Potter e Viana

Existe uma referência subliminar a uma discoteca do Porto num dos primeiros livros do Harry Potter, na dedicatória feita por Rowling às "Madrinhas do Swing", uma alusão às amigas com quem frequentava a noite da Discoteca Swing no Porto.

Numa alusão mais recente temos o caso do Swing em Viana do Castelo. Rezam os factos (sim porque eu VI AS FOTOS) que um CD de fotos foi parar à Internet. Deviam criar uma nova lei de Murphy que sentenciasse que a rapidez com que um conjunto de fotos acaba por parar na net é directamente proporcional à porcaria vísivel nas mesmas. E neste caso estamos a falar de sexo, puro e duro, e especialmente fotos de encontros de swingers. O problema é que nestas fotos entrava gente relativamente conhecida do meio de Viana do Castelo, o que dá uma perspectiva mais interessante "à coisa".

230. Indiana IV

Quando o Indy deveria estar a preparar-se para a reforma, cá vem ele de novo lutar contra o inimaginável. Ao ver o trailer veio-me à ideia a tarde em que fui ao clube de video requisitar o primeiro video da série. Na altura tinha um grupo de amigos, dos quais eu era o único na altura a ter video, pelo que aquela tarde de verão foi passada em minha casa a ver o primeiro filme do Indiana Jones. Nunca mais vi um filme que me deixasse num tal estado de euforia.

Vinte anos passados, todos devemos ter DVD, mas está um para cada lado. E cá está novamente o velhote a brincar com o chicote. Duvido é que a minha filha lhe ache a mesma graça. Não faz o seu estilo.

Pela lógica o Indiana Jones V vai sair na pré-adolescência do meu primeiro neto. Isto se até lá descobrirem como ressuscitar o Harrison Ford...

229. Ma Ku Kula

Makukula é notícia logo que chega a Lisboa. Ao que parece deu uma procuração ao seu empresário para que levantasse 200.000 euros para pagar a entrada da sua nova casa. Depois de levantado o dinheiro, o empresário queixa-se de ter sido assaltado por negros que lhe obrigaram a entregar o dinheiro. Makukula foi aos arames, ficando sem dinheiro, sem casa e pelos vistos sem a confiança no empresário.

Resta saber por que carga de água alguém usaria dinheiro vivo para pagar a entrada de um apartamento?

228. Ciao Fidel

Fidel disse adeus ao poder em Cuba. O próximo passo vai ser a tentativa de "conquista" de Cuba pelas tropas Americanas chefiadas pelo futuro Presidente McCain.

Isto só não se tornará uma realidade de não surgir, a curto ou médio prazo, um substituto à altura. Podemos mandar o nosso "Barbas", se os Benfiquistas não se importarem de o dispensar...

227. A árvore dos Macacos

Esta foi dita num projecto em que participei, acerca da Portugal Telecom. Dizia o orador que numa anedota que corria na PT, a organização era comparada a uma árvore habitada por macacos.

De vez em quando a árvore era agitada, os macacos caíam ao chão e depois punham-se todos a correr pela árvore a cima, à procura dos melhores lugares.

226. Desvirginizações

Num artigo que li recentemente relatava um dos terrores de qualquer pai. Um grupo de raparigas e rapazes explicava as suas primeiras experiências com sexo, álcool e drogas. Senti-me especialmente chocado pelo relato de uma rapariga que dizia ter perdido a virgindade aos dez anos num local público. Agora fuma cinco charros por dia.

Fiquei sem palavras, como ficaria qualquer pai de uma menina com dez anos.

225. Anormalidade

Estavamos em Agosto de 1997. Tinha acabado de ser despedido de uma empresa no Porto, terminando assim a minha pior experiência profissional de sempre. Por algum motivo fiquei algum tempo com o carro da empresa, pelo que fiquei com alguma mobilidade para equilibrar a minha situação. Fui com um colega meu ao centro, decidindo ir em primeiro lugar ao Tribunal do Trabalho de forma a me poder informar sobre a legalidade da decisão da empresa. Como estava com a cabeça cheia de problemas, fiz uma Anormalidade. Uma daquelas coisas de que as pessoas só riem passado dez anos.

O que aconteceu foi que ao entrar no parque subterrâneo, no meio de uma conversa, aproximei-me de tal forma ao carro da frente que avancei sem esperar que a cancela baixasse para poder tirar o ticket.

A vergonha falou mais alto quando tive de preencher o impresso. Em qualquer outra empresa que tivesse passado por um processo de qualidade o impresso chamar-se-ia "P001/T23/666", ou qualquer coisa parecida, mas no Parque de Estacionamento de Braga as coisas não se passavam assim e o impresso tinha o anedótico nome de "Impresso para as pessoas que dizem não ter tirado o bilhete". Ainda bem que a minha façanha da entrada tinha sido guardada para a posteridade pelo sistema de vigilância. Ainda bem que na altura ainda não existia o YouTube, ou o vídeo teria ido parar direitinho à "netinha"....

224. Balanço Analítico Janeiro/2008

E então o que aconteceu neste tempo de obscuridade?

Em breves pinceladas tivemos o desaparecimento de Mariluz, uma menina de cinco anos que saiu de casa para comprar um pacote de batatas fritas e que nunca mais foi vista. Em tudo semelhante ao caso de Maddie. Os pais de Mariluz começaram por chorar o desaparecimento da filha desde o primeiro momento, e passado um mês continuavam a chorar enquanto que os de Maddie nunca choraram e passado um mês estavam ocupados a gerir o seu fundo e a registarem a patente do slogan "Find Maddie".

Depois tivemos o desaparecimento de Heath Ledger, um dos mais promissores talentos de Holywood, que as más línguas dizem ter caído em desgraça na sua terra natal, depois de um desempenho excessivamente convincente em "Brokeback Mountain". Se isso contribuiu para o seu falecimento prematuro, ninguém sabe. Heath soma-se assim à fileira de talentos promissores como James Dean, River Phoenix ou Kurt Cobain.

Da fama e da lenda já ninguém o livra.

Como caso tristemente estranho temos o atentado a Ramos Horta, no qual morreu o Major Reinado. O estranho do caso é que Reinado foi morto muito tempo antes do atentado a Ramos Horta. Um grupo de homens de Reinado tentou o golpe de estado assaltando a casa de Ramos Horta, não o encontrando em casa porque, e como era do conhecimento público, este

Por último destaco aqui a declaração unilateral de Independência do Kosovo. Ou muito me engano ou estamos perante um barril de Pólvora à escala planetária, muito parecido com a situação de Israel.

223. Me Back, You Jane

Já de volta a este deserto de ideias a que muitos chamam blog, resta-me pedir desculpa por esta pausa digamos que "forçada". Muitos se perguntam a razão desta paragem, já que até no deserto existe Internet. Mas não existem ideias num deserto, só camelos ( e isto não é uma piada sobre o nosso ministro das obras públicas), e um tipo precisa de privacidade para blogar. Mesmo que seja para dizer asneiras, precisamos de privacidade.

Como se estivesse num wc.

Que raio de artigo. Pela primeira vez na história da blogosfera, um mesmo artigo junta camelos, deserto e wc. Memorável.

222. Voltarei

Por motivo de força maior, este triste blog esteve e estará interrompido até Domingo, dia em que continuarão as hostilidades.

Portem-se mal.