domingo, dezembro 30, 2007

203. A Razão de todos os nossos problemas

A razão de todos os nossos problemas reside no facto de termos um Engenheiro-civil como Primeiro-ministro e um Pediatra como líder da oposição. Se juntarmos na caldeirada um operário fabril como secretário-geral do PCP e um dos manos Portas no PP, veremos que o único com verdadeira tarimba política é o Louçã.

E que alguém me prove o contrário: só com muita sorte é que o País encontra o rumo...

202. Olá Ano 8

Resoluções para 2008:

1. Ter um papel mais activo na educação dos meus filhos

2. Perder peso. Estou farto de perder tempo a encontrar roupa que fique minimamente bem. (Não que esteja GORDO, sofro apenas do sindroma BPPPBG - Braços Pequenos, Pernas Pequenas e Barriga Grande)

3. Continuar este blog

(Entre outras coisitas...)

Portanto, boa noite e um bom 2008

201. Adeus Ano 7

Adeus ano 7.

Este foi o ano da morte de Antonioni, Ingmar Bergman, Pavarotti e Benazir Bhutto. Ano do nascimento do meu sobrinho Eduardo.

No plano desportivo, tivemos a confirmação da supremacia de Vanessa no triatlo feminino. Este foi o ano da qualificação da selecção Portuguesa (ou melhor da quase não-classificação). Como se torna habitual, a equipa do Porto entrou a matar na Primeira Liga, enquanto que o Sporting e o Benfica andam aos soluços, consumidos por "problemas de Balneário". Neste fim de ano, Camacho já veio a público anunciar a dispensa de 9 jogadores.

Entretanto, o Braga faz um percurso brilhante nas competições europeias.

O acontecimento mais marcante deste ano foi sem dúvida o caso McCann, o desaparecimento de uma criança mais mediático de todos os tempos. Aconteceu no Algarve mas extravasou para todo o planeta. De acordo com uma entrevista que ouvi do Fernando Alvim com um dos muitos autores que escreveram sobre o caso, houve um pedido da Judiciária para que os McCann não divulgassem as fotos da criança. Eles fizeram o contrário. Souberam aproveitar de tal forma o acontecimento que passados alguns dias ninguém no mundo desconhecia a face da menina. Isto, de acordo com a Judiciária, terá marcado a criança, pelo que, de uma forma ou outra, a probabilidade de que esteja viva é ínfima.

O acontecimento político mais marcante foi a presidência Portuguesa da União Europeia, onde ficou provado que não poupamos esforços nem dinheiro para receber bem e ficarmos bem vistos. Tenho de reconhecer que trabalhámos bem. Só gostava de ver o mesmo empenho para resolver os problemas internos. Não é a destruir os sistemas da Saúde, Justiça e Educação que vamos de certeza encontrar uma solução para a crise.

Na Venezuela, Chavez enfrentou pela primeira vez uma derrota em 14 anos, pelo que o povo Venezuelano deu mostras de estar a acordar.

De resto, todo o mundo parece estar em ebulição. Israel, Líbano, Palestina, Irão, Iraque, Afeganistão, Paquistão e Turquia são as novas zonas em polvorosa. De um momento para o outro apareceu o Darfur. Até mesmo Timor parece ter perdido o seu rumo.

Espero que 2008 traga novidades.

Para começar vamos ter eleições em Angola. As últimas eleições marcaram um recrudescimento da guerra civil que terminaram com a morte de Jonas Savimbi. Espero que este ano todo o processo decorra sem problemas e que Angola mostre que está no bom caminho.

sábado, dezembro 29, 2007

200. Terrorismo infantil

Dos programas mais aberrantes que tive o azar de ver este ano na televisão, o mais estúpido foi sem dúvida "Chiquititas". A minha inteligência foi de tal forma agredida que fiquei com a impressão que os argumentistas deviam ter sido treinados pela Al-Qaeda...

199. Mentes brilhantes

Onde é que os nossos cientistas estão a investir o seu tempo? Será na descoberta da cura do cancro? Será na descoberta de novas fontes de energia?

Nada disso.

As nossas mentes mais brilhantes estão ocupadas a criar gatos fosforecentes...

quinta-feira, dezembro 27, 2007

198. Três, assim não, Três

A antena 3 é realmente de um pormenor assombrante, especialmente depois da contratação da Cláudia Semedo.

Esta senhora diz uma altura, que o favorito dela era Bezegol.

(Claudita, amiga, "Bezegol", antes de ser mais uma banda Portuguesa a cantar em Inglês, era o calão que usavamos no Secundário para Droga. "Andar no Bezegol" era o mesmo que dizer "andar na droga".)

Num recente concurso sobre palavras carinhosas que enviavam para o Blog, diz ela "Olha aqui uma curiosa: parreca".

(Miga, "Parreca" é o calão mundialmente conhecido para designar a parte da genitália feminina conhecida como "vagina".)

Mas não é só a Cláudia que diz asneiras ao vivo. O director da própria estação, que faz com a Cláudia o programa da manhã, indiciou que o filho já tinha visto o filme "I am legend" ainda antes da estreia. Ou seja, pirataria ao barulho, e já é a segunda vez que isto vem à baila no 3º canal da Rádio Pública.

197. Adeus Benazir

Benazir Bhutto foi assassinada hoje por um bombista suicida.

A mulher viva mais corajosa da actualidade derrotada por um covarde sem coragem para assumir a responsabilidade dos seus actos.

Mais uma página negra para a história da humanidade.

196. A revolta da natureza

Escrevo isto enquanto oiço um documentário da 2 sobre tubarões. Na última terça-feira um rapaz de 17 anos foi morto por um tigre no jardim zoológico de São Francisco. A probabilidade disto acontecer fora da selva indiana é ínfima, e tinha logo de acontecer a um filho de pai Português - o que prova que temos mesmo uma sorte do caraças.

195. O insustentável peso da imbecilidade

Durante o almoço do Dia de Natal alguém se saiu com esta: "O preto morre de fome porque é preguiçoso."

Desta afirmação tiro duas conclusões:

(1) O vinho purifica a alma e trás ao de cima os nossos pensamentos mais sinceros

(2) Estou rodeado de imbecis...

quarta-feira, dezembro 26, 2007

194. Portugal no seu pior

Meus amigos, podemos discordar das ideias de um homem, podemos não gostar dos sermões de um padre, até pode ser que não gostemos das tácticas de um treinador de futebol e nada nos proibe de não gostar de marcas de carros alemães...

Mas agredir um padre, que também é treinador de futebol, apedrejar o seu Mercedes e deixar em cuecas o pobre representante de deus, creio que já é demais...

Aconteceu em Alijó, quando o pároco se preparava para celebrar a missa do galo.

193. Dezembro

Dezembro é um mês do caraças...

Primeiro levamos com dois feriados no início e outros dois no fim, espaçados por uma semana. Parece ser uma boa ideia, mas para os profissionais da informática é um pesadelo - os clientes querem sempre implementar alterações nesta altura do ano.

Depois queremos passear com a família ao fim de semana, como estamos no Inverno somos empurrados para os Centros Comerciais, mas porque estamos no Natal nem sequer conseguimos lá entrar. Estacionar o carro, então, nem pensar.

No Natal comemos como se fossemos ursos a preparar para hibernar. Nos supermercados chegamos a comportarmo-nos como tal para conseguir o melhor bacalhau ou o melhor bolo-rei.

Mais, oferecemos de uma vez só todas as prendas que andámos a recusar aos nossos filhos durante o resto do ano.

Por último, queremos sair para a night no último dia do ano e nem podemos abanar os dedos, quanto mais o capacete, com a confusão que reina na discoteca.

Por estes factores, proponho que seja abolido o mês de Dezembro. Passa-se de Novembro directamente para Janeiro, de uma forma simples e barata, sem "estresses" desnecessários. Reduzem-se de uma assentada os suícidios, ataques cardíacos, bebedeiras e acidentes de viação.

192. Anúncio por um Portugal Melhor

Alguém podia fazer um anúncio sobre o estado de espírito de grande parte dos Portugueses.

Algo do género:

"Se eu não comesse...
Se eu não bebesse...
Se eu não pagasse a prestação da casa...
O dinheiro chegaria até ao fim do mês!"

terça-feira, dezembro 25, 2007

191. O que tu queres sei eu...

O que tu queres sei eu:

Um mundo melhor em 2008!!!

(esta é para aqueles que enviam egoístas desejos de prosperidade - 70 % da população mundial vive na merda e o que nós fazemos? Puxamos simplesmente o autoclismo...o que não vês ou cheiras não te incomoda. Mas ela estará sempre lá.)

sexta-feira, dezembro 21, 2007

190. O jogo mais sádico

O jogo mais sádico de cartas deve ser o "Catch fifty-two", conforme descobri há vinte anos, quando esteve cá a minha tia dos Estados Unidos.

É um jogo para duas pessoas e um baralho de 52 cartas. A primeira pega no baralho na mão, e depois aperta as cartas com força até elas se espalharem por todo lado. Depois essa pessoa diz "Apanha as cinquenta e duas", para o tanso do segundo jogador.

O segundo jogador procura então um tanso ainda maior para se vingar...

quinta-feira, dezembro 20, 2007

189. Biba o Vraga

Com a brilhante vitória do Braga sobre o Estrela Vermelha, são já 4 as equipas que seguem em frente nas competições europeias. O curioso é que é a primeira vez que ainda temos 4 equipas depois do Natal.

Há coisas fantásticas, não há?

Agora, como se explica que sejamos tão bons lá fora enquanto ao mesmo tempo temos um campeonato nacional tão fraco (pelo menos quando comparamos com os campeonatos espanhóis ou ingleses)?

Não quero pensar que os nossos jogadores suam as estopinhas lá fora para darem nas vistas e conseguirem dessa forma um contrato milionário.

Ná...

188. Falta de Espaço

Falando de argumentistas, não podia deixar passar esta pérola. Havia uma série de ficção científica inglesa, "Espaço 1999", que esteve no ar deste 1975 até 1978. Teve bastante sucesso na altura, e um fim relativamente prematuro.

Depois de uma primeira temporada bem sucedida, os produtores tentaram levar o programa para os Estados Unidos. Cedo se depararam com um público diferente, pouco habituado à profundidade de alguns argumentos. Os mesmos argumentos que eu considero ser do melhor que já apareceu na televisão, mas os produtores decidiram simplificar os argumentos da segunda temporada, "ajustando-os" à mentalidade Americana (ou melhor, à mentalidade que os gestores dos canais dos Estados Unidos julgavam ser a imagem do Americano).

Os problemas começaram quando os actores, começando por Martin Landau, começaram a boicotar a série por causa da imbecilidade dos argumentos. A polémica foi de tal ordem que tiveram de acabar prematuramente a série.

O curioso é que as séries actuais como o House, Lost, e companhia, apresentam argumentos bastante complexos, e são exemplos de sucesso, pelo que, das duas uma: ou o expectador Americano melhorou com o tempo (como o vinho do Porto), ou os produtores simplesmente se enganaram.

187. Ressaca

Com a greve dos argumentistas nos Estados Unidos muitas são as séries temporariamente suspensas, ou novas temporadas adiadas. Isto vem evidenciar apenas um fenómeno que já se sentia mas que agora se torna mais notório - a "série-dependência". As pessoas que sofrem desta doença ficam viciadas em séries e não descansam enquanto não vêem o próximo episódio.

É fácil descobrir "série-dependentes". São aqueles tristes que no momento actual estão a ressacar, batendo violentamente com a cabeça nas paredes e a chorar pelos cantos. Alguns deles já foram dependentes de drogas duras, mas reconhecem que a "série-dependência" os atira para um grau mais profundo de desespero.

186. Dezasseis

Apareceu na página do MSN a notícia da gravidez de Jamie Lynn. Como não sabia quem era, não liguei. Aos poucos porém fui sabendo de outras fontes mais pormenores. Ela tem apenas 16 anos. Seria apenas mais um número a adicionar à estatística das futuras mães-adolescentes nos Estados Unidos, não fosse o facto de ser irmã de Britney Spears - além de ser actriz.

Pelas notícias que correm, o namorado, um jovem de 18 anos, espera a todo o momento a visita dos nossos "amigos com algemas".

Agora pergunto: que me interessa saber que a irmã da mulher mais falada do planeta segue o mesmo caminho?

A resposta é simples: não me interessa nada. E também não interessa estar a escrever este artigo, porque estou simplesmente a fazer o mesmo jogo.

Pelo que ficamos por aqui.

Boa noite.

185. Passeio higiénico

Há cenas cómicas sobre as quais é muito dificil não escrever.

Esta passou-se perto das 22h, em Braga. A noite estava escura e ventosa. Ameaçava chover. Um homem de meia idade estava parado na rua, segurando pela trela um cão de estatura média, que aviava freneticamente a sua cadelita.

O curioso da cena era o ar do homem, que parecia estar a pensar "anda lá, despacha-te". Além disso estava de costas para os cães, como se os cães precisassem de privacidade para procriar.

184. Botão de Pânico em Tóquio

Um dia li um artigo sobre o Metro de Tóquio, um dos melhores exemplos de eficiência a nível mundial. Tão pontual que podemos acertar o relógio pela chegada dos combóios.

Além disso, tem o pormenor da existência de um botão nas estações, que permite parar automaticamente toda a circulação caso alguém caia à linha. Pelo que estava escrito, não se verificava nenhum abuso de utilização do botão.

Se fosse em Portugal, o botão estaria gasto de tanto tocar. E se tivesse um sinal a indicar que era proibido usar excepto em caso de necessidade ainda pior, porque o tuga não descansa enquanto não fizer o que é proibido.

183. Anedota de Natal

Era uma vez um homem rico que tinha dois filhos com temperamentos completamente diferentes. O mais velho era extremamente pessimista, enquanto que o mais novo era precisamente o contrário - um optimista.

Preocupado com a atitude do filho mais velho consultou um psicólogo, que lhe deu o seguinte conselho "Como estamos no Natal, dê ao mais velho uma prenda muito boa, o melhor que existe, enquanto que ao mais novo vai dar um monte de bosta. "

O homem assim fez. Passado o Natal voltou a consultar o psicólogo que o inquiriu sobre o resultado da experiência.

"Bem, Sr. Doutor, dei um Porsche ao meu filho mais velho."

"E ele ficou contente?", perguntou o psicólogo.

"Nem por isso. Disse que se lhe dava um carro daqueles era porque o queria ver morto.", respondeu o pai.

"Compreendo. E o mais novo?"

"O mais novo viu o monte de bosta de cavalo no jardim e desatou a correr aos gritos 'Onde é que está o cavalo?'"

sábado, dezembro 15, 2007

182. Bali (2)

Uma hora antes de escrever o artigo sobre Bali, os Estados Unidos voltaram atrás e chegaram a acordo. Um acordo que não é o óptimo, mas já é um bom começo...

181. Benditonatal (1)

Depois de uma série de artigos anti-natalícios, aqui fica uma nota positiva. Uma prova da existência subtil do pai natal aconteceu na semana passada. Fizemos as compras no Toys'R'Us e quando chegámos a casa verificámos que uma das compras não tinha passado na máquina registadora.

Portanto ele anda aí, na forma de um empregado da caixa esquecido. Esqueçam a barba e a roupa vermelha. Esqueçam a rena e o trenó.

180. Bali

De volta às coisas sérias. A cimeira de Bali, que para muitos é vista como um fracasso pela recusa dos negociadores de Bush em aceitar cortes nas emissões de gases, é vista por mim como uma vitória. Serviu pelo menos para provar que a Administração de Bush está isolada nesta decisão.

Neste momento, são já 700 cidades as que estão decididas a cumprir as metas definidas em Quioto, bem como todo o Estado de Califórnia. Além disto, o próprio congresso já deu mostras de não estar de acordo com o Presidente.

E como é muito pouco provável que o próximo presidente, quer seja Hillary Clinton ou Obama subscrevam esta decisão de Bush, teremos mudanças nos próximos dois anos.

Se esta mudança virá a tempo, ninguém sabe. Tudo o que foi previsto pelos cientistas está a confirmar-se, pelo que a discussão já não é a de saber se o aquecimento global se tornará uma realidade, mas sim como minorar as suas consequências.

Portanto, se a grande preocupação do Sr. Presidente Bush é a de deixar a sua marca na história, façam-lhe ver que pode deixar de se preocupar tanto. A história já tem um lugar especial para ele, juntamente com todos aqueles que são para nós exemplo dos erros dos governantes...

PS - E já agora deixe de fazer filmes com os bobis. Não lhe fica nada bem...

quinta-feira, dezembro 13, 2007

179. Ronaldo

Já que estamos numa de anedotas...

O Cristiano Ronaldo foi jantar à casa da namorada indiana. A mãe dela fez um caril especialmente picante. Depois do jantar eles sentam-se na sala, ele escolhe o sofá. Pouco tempo depois começa a ficar mal disposto e vê-se obrigado a soltar os gases, uma coisa discreta, que esperava ninguém perceber.

"Sai daí bobi", diz a mãe da namorada, para o cão deles que estava por trás do sofá.

Percebendo que o cão tinha apanhado com as culpas, Ronaldo deixou sair mais alguns gases, desta vez em mais quantidade.

"Sai daí bobi", repete a mãe da namorada.

Aí o Ronaldo percebeu que tinha carta aberta e não aguentando mais deixou sair todo o gás que tinha preso nos intestinos.

No fim, já mais aliviado, ouve a mãe da namorada a dizer "Sai daí bobi, que ainda morres intoxicado."

É porca.

Eu Sei.

Boa Noite...

178. As irmãs Medalha

Esta foi contada pelo José Nunes na Antena 3. Ao que parece é verídica.

Um homem está na casa do sogro, onde este está a ver uma competição de atletismo feminino na Rússia.

A certa altura o sogro exclama "Que engraçado, são todas irmãs!"

O genro tenta saber a razão do seu espanto, ao que o sogro responde, a apontar para a televisão. "As três vencedoras são todas irmãs: Silver Medal, Bronze Medal e Gold Medal".

O genro tenta explicar que se trata do nome das medalhas, ao que o sogro contrapõe, nada convencido: "Agora vais dizer que sabes russo..."

177. Loiras

Não gosto particulamente de anedotas de loiras. Acredito que as loiras são inclusivamente mais inteligentes do que as morenas, pelo simples facto de não pintarem o cabelo de preto por haverem tantas anedotas a atacar o seu intelecto. Pelo contrário, creio que as verdadeiras "burras" são as loiras falsas, morenas que querem à força serem loiras e gastam rios de tinta para o fazer.

Aqui fica no entanto uma "pérola":

Qual é a diferença entre uma loira burra e uma loira inteligente? A loira burra escreve no caderno o que a professora escreve no quadro. Quando a professora apaga o que está no quadro, a loira burra pega na borracha e apaga o que escreveu no caderno. A loira inteligente já percebeu que a professora vai apagar o quadro e não escreve nada no caderno.

terça-feira, dezembro 11, 2007

176. Raispartaonatal (5)

Na Austrália está a haver um movimento a favor da substituição do tradicional "ho ho ho!" do Pai Natal por um mais politicamente correcto "Ah Ah Ah!", dado que o termo "Ho" lembra a expressão "whore" (prostituta).

Já agora tirem as vacas, as cabras e as ovelhas do presépio porque podem ofender as ditas senhoras.

E os três reis magos não podem oferecer incenso e mirra, porque pode virar moda snifá-los. E o facto de virem de camelo pode ser preconceito contra os árabes. Portanto fora com os camelos.

Em vez disso ponham no presépio uma assistente social a fazer perguntas idiotas sobre o estado de pobreza do casal, e uma equipa de reportagem da TVI...

175. Bravo, Manoel

Manoel de Oliveira faz hoje 99 anos. Espero chegar à idade dele com pelo menos metade da sua saúde.

Quanto aos filmes que faz, para 99 anos já havia tempo de começar a fazer filmes interessantes...

Agora a sério, reconheço-lhe o Aniki Bobó como filme de culto, tal como reconheço no Memorial do Convento um livro de excepção de outro monstro da nossa cultura.

Mas tinham de ser tão impenetráveis?

segunda-feira, dezembro 10, 2007

174. Raispartaonatal (4)

O subsídio de Natal devia vir em Outubro.

Passo a explicar. Em Novembro chegou o catálogo do Toys'R'Us. Estes tipos sabem-na toda. Congelam o catálogo o resto do ano para depois fazerem o seu envio um mês antes do natal, para prepararem a cobiça dos filhos e a carteira dos pais.

Este ano a minha filha mais velha pegou no catálogo e foi perguntando ao meu filho mais novo o que ele queria. Depois foi para o computador fazer a carta ao Pai Natal com os pedidos dos dois. Mais valia terem posto simplesmente o número da página ou o código EAN.

O curioso é que todos os anos há brinquedos que se tornam moda. Se o ano passado foi o carro do filme "Carros", este ano é o camião do mesmo filme. O mesmo que o meu filho pôs no topo das preferências (na realidade são mais exigências ...), e mesmo que está esgotado em todos os sítios. Parece aquele filme com o Arnold Schwarzenneger, mas tornado realidade.

Ou seja, ou o dito subsidio começa a vir mais cedo, ou começa a vir mais cedo a publicidade do Toys'R'Us. Ou em alternativa, e aquilo que deve ser barato, vou ter de treinar o truque de "mandar o dito catálogo direitinho para o lixo".

Sem grandes ondas, sem birras.

A carteira agradece...

173. A curiosidade matou o gato

Não sei ao certo o que matou o gato, mas lá estava ele no meio da estrada, em plena autópsia.

Não sei ao certo o que matou o gato, mas sei que se eu conduzisse um bocado mais rápido, qualquer coisa de mal ia acontecer aos dois putos que admiravam o cadáver felino, no meio da estrada, vestidos de escuro numa rua pouco iluminada.

Na berma da estrada as respectivas mães punham a cavaqueira em dia e nem se incomodaram em chamar os filhos, que não deviam ter mais de quatro anos.

172. Raispartaonatal (3)

E para terminar de achincalhar o Natal, temos o incidente da árvore.

Temos uma iluminação na árvore made in China, do melhor. Até toca o Jingle Bells e tudo, é a última palavra. Claro está que a primeira coisa que faço quando chego a casa é tirar o pio ao Jingle Bells, porque duas horas daquilo é coisa para fazer pecar um santo.

Mas desta vez a porra da árvore vingou-se.

De sábado para domingo falhou várias vezes a luz. À uma da manhã fui para a cama durante um dos black-outs, à la Stevie Wonder, a tactear o caminho, braços esticados e a cantarolar "we are the world".

Às três da manhã acordo com uma música estranha e metade das luzes ligadas. A porcaria da árvore tinha voltado ao volume normal depois de ficar muito tempo desligada, acordando de certeza metade da vizinhança....

171. Raispartaonatal (2)

Primeira cena natalícia, o arranjo da árvore de natal. Este ano teve mais piada, porque o meu filho atirou com as figuras do presépio ao chão.

Resultado: um politraumatismo no Menino Jesus, São José partiu a auréola, um pastor perdeu ambas as pernas e duas ovelhas não têm safa possível.

170. Raispartaonatal (1)

O Natal na nossa família foi sempre uma época estranha, desde o acidente com a caldeira que ia rebentando com a nossa cozinha no Dia de Natal.

Sinceramente, não percebo o Natal. Uma vez por ano as pessoas lembram-se de torrar dinheiro a oferecer coisas que podiam muito bem ser dadas de um forma gradual, ao longo do ano. Mas não. Ainda por cima as pessoas devem sentir-se carentes, pelo que toca a encher os corredores dos Centros Comerciais. Ainda por cima, sempre os mesmos corredores dos mesmos centros comerciais.

Em Dezembro não se pode ir a lado nenhum sem corrermos o risco de sermos pisados, massacrados violentamente contra as montras. Já bastava a tortura psicológica de olhar para os preços das mesmas montras, ainda temos de sentir o sabor do vidro.

domingo, dezembro 09, 2007

169. Marmelada

Foi criado um conjunto de diplomas que regulamentam muito da nossa industria alimentar. Alguns desses diplomas poem em causa algumas das nossas tradições, chegando mesmo ao ponto de criar um diploma único a regulamentar a marmelada.

Ou seja, por um lado vem o nosso Presidente pedir para que os portugueses procriem mais, por outro lado arranjam normas para a marmelada.

Em que é ficamos, carago?

De aqui a algum tempo já não se pode dar uma rapidinha à vontade sem correr o risco da ASAE se intrometer...

168. Etimologias (2)

E depois de vermos o significado de Lusitânia e de Espanha, de onde vem o termo "Europa"?

Diz a lenda que Europa era uma mulher fenícia, por quem Zeus se apaixonou. Tomando a forma de um touro, Zeus colocou Europa no seu dorso e nadou para uma ilha, onde mostrou a sua verdadeira forma e a seduziu.

Ou seja, continuando a saga, vemos que a nossa Europa era uma grande ordinária. Os nossos amigos gregos tinham realmente muita imaginação...

167. Assim não, Nicole!

Há filmes bons, daqueles cuja recordação se entranha na nossa mente como as recordações felizes da infância.

Há filmes razoáveis, que nos ajudam a passar o tempo. Esquecemo-nos deles assim que termina o genérico final.

Por último, há filmes terríveis que nos apetece deixar a meio. Tinha um primo que saíu a meio do "The purple color", quando se apercebeu que todos os actores eram negros. Eu gostei do filme e gostei muito mais do livro.

Outro filme que me marcou pela negativa foi o filme "Crash" do David Cronenberg. Metade da plateia do cinema saiu no intervalo, e só ficamos seis ou sete gatos pingados a ver se o filme melhorava na segunda parte - o que não aconteceu.

Vistos em casa temos o Vanilla Sky, o qual não deve ser visto com menos quantidade de drogas que o realizador tinha nas veias quando o fez, e a mais recente adição a este grupo o insosso "The invasion", com a Nicole Kidman, cuja figura é a única coisa que salva o filme daquilo que os ingleses chamam de "oblivion", o total esquecimento. De qualquer forma, não consegui ver o fim do filme.

166. Meia aranha

É do dominio público a minha fobia de insectos. Ou se calhar não era do domínio público, mas agora já é. Não interessa. Um homem tem de ter orgulho nas suas fobias, porque homem que é homem tem de ter medo de ratos, cobras e das sogras. Não necessariamente por esta ordem. Além disso não tenho medo de ratos ou cobras - acho-as criaturas simpáticas.

De qualquer forma a seguinte banalidade passou-se no meu carro. Ia eu a conduzir quando vejo um insecto a descer do espelho em direcção à alavanca das mudanças. Tratava-se da aranha mais estranha que já vi até hoje, completamente branca, do tamanho de uma moeda de dois euros. A característica mais nojenta era a falta de metade das patas.

Em plena condução deixei-a poisar na alavanca, depois atirei-lhe com um lenço, com dois pensamentos na cabeça:

1. Para os que dizem que não se deve conduzir sob o efeito do alcool ou a falar ao telemóvel, experimentem ter uma aranha poisada na alavanca das velocidades.

2. Embora a bicha fosse nojenta, ainda devia haver algo mais nojento no carro, com apetite por aranhas...

165. Dez Milhões

Dez milhões. É quanto vai custar ao país a cimeira Europa-África. Seriam dez milhões e meio se Kadhafi não tivesse rejeitado a proposta de alojamento num hotel de cinco estrelas.

Gostava de ser uma mosca para saber o que terá dito o nosso Primeiro sobre a decisão do líder Líbio em fazer campismo, mas tenho o pressentimento de que terá sido um "Porreiro, pá", de alívio.

quarta-feira, dezembro 05, 2007

164. Greve Socrática

Não podia deixar de colocar aqui este vídeo de (mais um) sketch dos G.F. . Desta vez considero que os quatro rapazes passaram o risco.

Brilhante!



(Pergunta, acham que o nosso Primeiro terá achado a mesma piada?)

163. Spot

Fantástico, fantástico, só o spot publicitário sobre o concerto de Natal da Orquestra Sinfónica Infantil:

Um casal de meia idade heavy metal na sala, a ouvir rock da pesada na sala, a filha vestida de cor-de-rosa e levando uma caixa de um instrumento musical (talvez violino), despede-se dos pais e depois sai de casa.

E diz a mãe heavy metal para o pai heavy metal, "Estou a ficar preocupada com a nossa filha"

Ao que responde o pai "Pois é, vou ter de ter uma conversa com ela..."

Muito bom.

162. E o burro sou eu?

Brilhante "esta" ... digo "este" sketch dos G.F.




(Já sei ... foram precisos 161 artigos de chacha para pôr, finalmente, qualquer coisa a mexer...)

terça-feira, dezembro 04, 2007

161. Patos

Mais uma banalidade: Domingo à noite vinha na A27 em direcção a Ponte de Lima. Noite cerrada, o verdadeiro breu. A meio caminho vi luzes na berma, por isso abrandei, com a nítida imagem do nosso falecido amigo da A25 na memória, mas era "apenas" uma ambulância parada na berma, com todas as luzes a piscar.

Hoje em dia vemos cada vez mais ambulâncias paradas na berma, com tendência para piorar à medida que aumenta a distância para as urgências e os hospitais centrais.

Depois de passarmos pela ambulância, curioso mas ciente do facto de provavelmente nunca vir a saber o que se passava na ambulância (ou antes, será que precisamos de saber tudo o que se passa à nossa volta?) , tive um momento à la Monty Pyton.

No meio da noite escura, no meio da A27, no meio do nada, estava um pato vivo, a apenas 100 metros da ambulância.

Fez-me lembrar uma viagem que fiz com os meus pais. De noite, no meio do monte, uma raposa atravessou-se no nosso caminho. O meu pai abrandou, o bicho fitou-nos com o descaramento de quem diz "isto é meu, vão-se embora", e depois pirou-se, que as galinhas não esperam.

Ou aquele outro momento memorável, na via rápida Braga-Póvoa de Lanhoso, ia eu a chegar à Póvoa quando vi um burro (de quatro patas) a descer a trote acelerado.

Ainda por cima o bicho vinha a transgredir, porque estava na faixa da esquerda, mas não devia ser multado, porque como é do domínio público, o sentido de auto-protecção é muito forte entre os da mesma espécie...

160. Etimologias

Para os (poucos) que querem saber a origem das palavras "Lusitania" e "Espanha", cá vai:

Lusitania vem de "Luso", filho de Baco, Deus do vinho e das festas.

Espanha vem de "Hispania", ou terra de "Pan". Pan era um fauno, meio homem, meio bode, filho de Zeus e da sua ama de leite, uma cabra (pensando bem, talvez venha daqui a inspiração para o filme sensação do ano passado sobre a guerra civil Espanhola, "El labirinto del fauno").

Nenhum dos termos fica muito bem na figura, mas demonstra principalmente o bom humor dos povos antigos, perdido algures no caminho para a seriedade cinzentona da actualidade.

159. Crónica de um ET assumido

Por vezes tenho este pensamento recorrente: como veria um extra-terrestre a nossa civilização?

Primeiro olharia para nós com estranheza: somos os únicos seres vivos que precisam cobrir o corpo para viver. Mais, somos os únicos que temos vergonha desse mesmo corpo (e é muito provável ainda que sejamos os únicos a terem esse sentimento).

Num segundo momento olharia para os nossos hábitos. Deduziria pela nossa biologia que teríamos necessidades básicas de sobrevivência, como comer, beber, defecar, urinar e dormir. E mesmo assim, o ser humano transformou as suas necessidades básicas (ou pelo menos algumas delas) em arte.

Temos milhares de formas de cozinhar os alimentos, temos rituais próprios de alimentação.

Criámos um conjunto enorme de bebidas, muitas delas altamente prejudiciais.

Inventamos camas e formas de dormir.

Temos necessidade de comunicar, inventamos a fala. Depois transformamos a fala em arte, inventando histórias. Numa fase posterior, usamos a nossa musicalidade e transformamos a arte de falar em música.

Quando nos cansamos da oralidade, inventamos a escrita, criamos o livro.

Descobrimos que alguns materiais deixam traços nas paredes, inventamos a pintura. Pegamos num pedaço de terra e criamos uma estátua.

Da nossa necessidade de manter a espécie, inventamos o Kamasutra.

De tudo o que toca, o ser humano tem a capacidade de realizar a sua arte, completar o sonho.

Mas existe um outro lado mais negro - facilmente nos deixamos corromper pela inveja e pelo orgulho.

Tornamo-nos violentos, mas mesmo dessa violência conseguimos criar uma certa forma de arte que a completa, sendo que um dos mais flagrantes exemplos está patente no nosso Hino.

158. O altruísmo não compensa

Algo que não está na moda é, definitivamente, o altruísmo. Se paramos para ajudar alguém que desconhecemos, somos olhados quase como páreas da sociedade, conspiradores.

Aconteceu este fim de semana, na A25. Um mercedes despistou-se e ficou no meio da via. Um automobilista parou o carro na berma e foi tentar ajudar.

Este gesto altruísta custou-lhe a vida, ao ser apanhado por um terceiro veículo.

Portugal não é, de certeza, o país certo, nem para altruístas nem para heróis.

segunda-feira, dezembro 03, 2007

157. Por onde andas, meu?

Um dos meus muitos vícios é o de procurar pessoas que conviveram comigo nos anos 80 e que por algum motivo desapareceram sem deixar rasto. O mesmo se passa com os actores que fizeram os filmes dessa década. À excepção de um punhado de actores, a grande maioria desapareceu para outros papeis, na maior parte deles mais obscuros.

Quatro exemplos:

Primeiro, o actor de ET praticamente desapareceu. Só se voltou a ver no lançamento da edição especial, quando reuniram de novo o elenco. Quanto à miudinha, Drew Barrymore, não vale a pena falar (está em todas).

Em segundo, quem se lembra de um dos primeiros filmes do Spielberg, "Os Goonies"? O asmático actor principal voltou agora como o amigo de Frodo, "Sam Gamgee", na trilogia do Senhor dos Anéis.

E quem se lembra da boazona do filme "Gremlins"? Tornou-se na senhora "Kevin Kline".

E por último, quem se lembra de uma menina que dançava com Bruce Springsteen num teledisco? Tornou-se na Mónica Chandler, da série Friends.

156. Macacadas

Recebi a seguinte anedota, que tem qualquer coisa de anormal:

"Num Jardim Zoológico o director soube que a única gorila fêmea estava a entrar no cio. Temendo que ela entrasse em depressão, e sabendo que um dos tratadores era bastante dotado, fez-lhe a seguinte proposta:
- Por quinhentos euros, queres ter sexo com a gorila? - perguntou o director, ao que o empregado respondeu que ia precisar de pensar no assunto.
No dia seguinte o tratadorpediu para falar com ele e disse-lhe:
- Sr. Director, aceito a sua proposta com três condições.
- Diga.
- A primeira é: nada de beijos.
- Aceite.
- A segunda condição é: nada de filhos.
- Muito bem. E a terceira?
- Sr. director, vou precisar de mais uma semana para arranjar so 500 euros..."

155. O lado negro da wikipedia

É um vício, a wikipedia, mas como tudo tem o seu lado negro. Este lado negro não se sente tanto nos conteúdos em Português, que são em tudo semelhantes aos conteúdos dos nossos livros de escola, mas quando começamos a debruçar-nos sobre os conteúdos em língua inglesa, parece que estamos a mergulhar num mundo à parte.

Qualquer que seja o tópico, quer seja a música, a culinária, a história ou o cinema, descubrimos sempre algo de diferente. Chegamos mesmo a descubrir conteúdos sobre Portugal que são mais informativos do que os mesmos conteúdos na wikipedia portuguesa. Não sei como isto pode ser possível, mas é a mais pura verdade.

O famoso lado negro dos conteúdos ingleses centra-se num certo exagero descritivo nos temas mais violentos - o exemplo mais notório que encontrei está patente na biografia de Vlad III, ou "Vlad o Empalador". A descrição da forma cruel como executava tanto os inimigos como os seus compatriotas está feita de uma forma tão pormenorizada que ultrapassa em muito os filmes de terror - não aconselhado aos estômagos mais sensíveis.

154. Negro de raiva

Preparava-me para pintar de negro este blog. Negro de raiva, pensando que o povo Venezuelano ia pactuar com os desígnios de Chavez e transformar o país num regime Comunista.

Mas não.

O referendo foi recusado (por pouco, muito pouco) , pelo que o povo Venezuelano está de parabéns. Está também de parabéns o próprio Chavez pela forma "humilde" como aceitou a derrota. Segundo um artigo que li, ele sentiu-se "aliviado" porque o povo tinha resolvido de forma democrática o "dilema" que o "afligia".

Fantástico. Se ele não se tivesse dedicado à política daria um fantástico advogado.

quarta-feira, novembro 28, 2007

153. Ursos

Uma professora britânica no Sudão arrisca-se a 40 chicotadas ou seis meses de cadeia por ter chamado "maomé" a um urso de peluche durante as aulas.

Estamos em 2007. Parámos no tempo e regressamos a toda a velocidade para a idade média. Vou já tirar o cavalo da garagem e galopar pela A1 fora a prestar vassalagem ao nosso Primeiro.

Ah não, ...espera... ele foi foi numa Cruzada à China...

152. Gastronomia macabra

Seguindo um certo tom negro que este blog está a tomar, continuamos com notícias gastronómicas.

Recentemente surgiu a notícia de um mexicano que comia as namoradas, no sentido mais literal e gastronómico do termo. Agora, foi descoberto o caso de um genro que comeu o sogro, ali para os lados de Sintra. Embora a policia já tenha vindo a público desmentir a notícia, vamos partir do princípio que era verdade.

O dito genro, um emigrante de origem ucraniana, aproveitando o facto do sogro estar sozinho em casa, matou-o, cortou-o aos pedaços, alimentou-se dele e depois foi esconder os ossos no mato.

Um ano depois, o mesmo emigrante foi preso por ter esfaqueado a patroa no Algarve. Durante o tempo em que esteve preso, os ossos do sogro foram descobertos pelos bombeiros durante o ataque a um fogo. Da Ucrânia veio a confirmação da identidade do corpo, através do registo dentário. Veio também a confirmação que o genro já estava referenciado pelas autoridades por comportamento violento.

Ou seja, não haveria maneira de impedir que alguém potencialmente problemático pudesse vir para o nosso país, país esse reconhecido internacionalmente pelos seus brandos costumes, e potencialmente um paraiso para todo o marginal da Europa de Leste?

É que caso contrário arriscamo-nos a dar mau nome à, também mundialmente reconhecida, gastronomia portuguesa...

terça-feira, novembro 27, 2007

151. Raiva

Raiva é tudo o que nos resta depois de nos assaltarem o carro para levarem a bolsa que estupidamente a minha mulher deixou no banco do carro.

Um grande abraço ao Sr. Agente que tratou do nosso depoimento - mesmo com ordenados "a brincar", fazem um grande trabalho.

Aquilo que dói mais neste caso é o facto de nos terem dado tanto o trabalho e o prejuizo, para levarem um telemóvel rasca e 4 euros em dinheiro.

F.D.P.!!!!

Gostava que os obrigassem a ver a TVI, 24h por dia, durante uma semana. (Tanto também não, nem os cães merecem isso - basta 2 dias).

segunda-feira, novembro 26, 2007

150. Internet mortal

A internet mata. Deviam pôr nos modems e routers um autocolante como aquele dos maços de tabaco a dizer "A internet mata".

Senão vejamos três exemplos que encontrei na internet:

1. Algures, encontrei apenas uma nota na wikipedia, uma adolescente de 13 anos suicidou-se após ter sido rejeitada por um contacto no Hi5. Acontece que o mesmo contacto tinha sido criado pela própria mãe de forma a poder controlar o que a filha fazia na internet. Deu-se mal.

2. Megan era uma também uma adolescente que se envolveu num chat com um fulano, que se verificou posteriormente se tratar de um vizinho dela com uma identidade falsa. Pelos vistos ela tinha problemas de peso e o fulano humilhou-a de tal forma no chat que ela cometeu suícidio.

3. Esta é porca, por isso imaginem uma bolinha no canto superior direito do browser.

Ok?

Vamos em frente. Na Alemanha, um fulano combinou a sua morte com outra pessoa num chat. Primeiro começaram com um opíparo jantar onde o prato principal era o seu próprio "instrumento". Depois o amigo apunhalou-o no pescoço. Creio que depois o jantar continuou com outras partes do corpo... (safa...)

149. Creepy

O oculto fascina-me. Tudo aquilo que não pode ser facilmente explicado, como por exemplo as mortes de actores ligados a filmes que lidam com o paranormal.

Dois exemplos: Poltergeist e Constantine.

No filme Poltergeist, a miúda mais nova morre antes do fim das filmagens do terceiro filme, vítima de complicações causadas pela doença de Crohn. A actriz que fazia de irmã mais velha morre vítima de maus tratos infligidos pelo namorado.

Em Constantine, dois dos actores secundários que faziam de demónio morrem no ano de estreia do filme, um por overdose e o outro de causas naturais.

Outro exemplo:

Durante a rodagem do filme "O Corvo", Brandon Lee morre, vitima do disparo de uma arma que acidentalmente ficara com uma bala real encravada no carregador. Só algum tempo depois do disparo é que a equipa de filmagem compreendeu que algo errado se passara, e que o realismo da cena fora "realmente real". Já o pai, o lendário Bruce Lee, tinha morrido em circunstâncias similares, na rodagem de um filme com a mesma temática.

Creepy.

Já a nível nacional, durante a rodagem de uma telenovela foram filmadas cenas num dos mais famosos monumentos nacionais, a qual teve de ser interrompida porque vários dos membros da equipa se sentiram mal.

148. Um momento

Um momento. Dizemos esta palavra sem sabermos ao certo o seu significado. Ao que parece o "momento" é uma medida de tempo usada antigamente na Inglaterra. Significava 1,5 minutos.

Ou seja, a próxima vez que encontrarmos o wc ocupado e que respondam "um momento!" de lá de dentro, ficamos a saber que só teremos de esperar 1,5 minutos.

Isto é, se essa pessoa tiver lido este post...

147. Piada Porca

Ouvido no programa da linha avançada:

"A mulher do Trapattoni morre e vai para o céu. S. Pedro recebe-a e mostra-lhe duas portas. A primeira dava para o céu e a segunda para o inferno. Ela teria de escolher.

Ela sente-se tentada a escolher a primeira porta, mas eis que ouve gritos e o som de um berbequim.

- Estão a abrir os buracos nas costas para as asas. - esclarece S. Pedro.

De novo se ouvem gritos e o ruído do berbequim.

- Estão a abrir o buraco para a auréola. - esclarece novamente S. Pedro.

A mulher pensa um momento e decide ir para o inferno.

- Atenção, porque o diabo viola todas as mulheres que vão para o inferno. - avisa S.Pedro.

- Não interessa. - explica ela - Pelo menos os buracos já estão feitos..."

quinta-feira, novembro 22, 2007

146. Vigaristas

Foi condenada uma "falsa juiza", uma mulher com 11 filhos e que burlou empresas em dezenas de milhares de contos. O esquema era simples. Ela ligava ao fim da tarde para empresas que sabia serem devedoras ao Fisco ou à Segurança Social. Indicava que estava a ser feita uma diligência especial, antes de serem accionadas penhoras. Para prevenirem as mesmas penhoras deveria se transferidas somas de dinheiro para contas bancárias.

Pelos vistos resultava, o que diz muito da classe empresarial deste país.

quarta-feira, novembro 21, 2007

145. Tuga-nice

Ser português… é ser o maior!!!

Levar o arroz de frango para a praia.
Guardar aquelas cuecas velhas, para polir o carro.
Criticar o governo local, mas jamais se queixar oficialmente.
Ladie's night à quinta.
Ter tido a última grande vitória militar em "1385".
Enfeitar as estantes da sala com as prendas do casamento.
Guiar como um maníaco e ninguém se importar com isso.
Viajar pró quinto dos infernos e encontrar outro Tuga no restaurante.
Ter folclore estudantil anual por causa das propinas.
Ninguém saber nada do nosso país, excepto os Brasileiros e os Espanhóis, que gozam dele.
Levar a vida mais relaxada da Europa, mesmo sendo os últimos de todas as listas.
Ter sempre marisco, tremoços e álcool, anualmente, a preços de saldo.
Receber visitas e ir logo mostrar a casa toda.
Dar os máximos durante 10 km, para avisar os outros condutores da polícia adiante.
Ter o resto do mundo a pensar que Portugal é uma província espanhola.
Exigir que lhe chamem "Doutor", mesmo sendo um Zé-ninguém.
Exigir que o tratem por Sr. Engenheiro, mas não tratar ninguém com outras profissões por Sr. Pintor, Sr. Economista, Sr. Contabilista, Sra. Secretária, Sr. Canalizador, Sra. Cabeleireira, Sr. Primeiro-ministro, etc.
Passar o domingo no shopping.
Tirar a cera dos ouvidos com a chave do carro ou com a tampa da esferográfica.
Axaxinar o Portuguex ao eskrever.
Gastar 50 mil euros no Mercedes C220 cdi, mas não comprar o kit mãos-livres, porque "é caro".
Ir à aldeia todos os fins-de-semana visitar os pais ou os avós.
Gravar os "donos da bola".
Ter diariamente, pelo menos 8 telenovelas brasileiras e 2 imitações rascas da TVI na televisão.
Já ter "ido à bruxa".
Filhos baptizados e de catecismo na mão, mas nunca pôr os pés na igreja.
Ir de carro para todo o lado, aconteça o que acontecer, e, pelo menos, a 500 metros de casa. Lavar o carro na fonte, ao domingo.
Não ser racista, mas abrir uma excepção com os ciganos.
Levar com as piadas dos brasileiros, mas só saber fazer piadas dos alentejanos e dos pretos. Ainda ter uma mãe ou avó que se veste de luto.
Ser mal atendido num serviço, ficar lixado da vida, mas não reclamar por escrito "porque não se quer aborrecer".
Dizer mal dos militares, mas adorar o cravo na G3 e o feriado do 25 de Abril.
Falar mal do Governo eleito e esquecer-se que votou nele.
Viver em casa dos pais até aos 30 anos.
Na terceira idade, pendurar o guarda-chuva nas costas.
Acender o cigarro a qualquer hora e em qualquer lugar, sem quaisquer preocupações.
Ter pelo menos duas camisas traficadas da Lacoste e uma da Tommy (de cor amarelo-canário e azul-cueca).
No restaurante, largar o puto de 4 anos aos berros e a correr como um louco, a incomodar os restantes Tugas.
Ter bigode e ser baixinho(a).Conduzir sempre pela faixa da esquerda da auto-estrada (a da direita é para os camiões).
Ter o colete reflector no banco do passageiro.
Pendurar o CD no retrovisor, para "enganar o radar".
Ter três telemóveis.
Jurar não comprar azeite Espanhol, nem morto, apesar da maioria do azeite vendido em Portugal ser Espanhol.
Organizar jogos de futebol solteiros e casados.
Ir à bola, comprar "prá geral" e saltar "prá central".
Gastar uma fortuna no telemóvel mas pensar duas vezes antes de ir ao dentista.
Cometer 3 infracções ao código da estrada, por quilómetro percorrido!!!

(Autor desconhecido, mas com imaginação)

terça-feira, novembro 20, 2007

144. Mecânico vs Médico

Um mecânico está a desmontar o motor de uma mota quando vê na sua oficina um cirurgião cardiologista muito conhecido.

Ele olha para o mecânico a trabalhar. O mecânico pára de trabalhar e pergunta:

– Doutor, posso fazer-lhe uma pergunta?

O cirurgião, um tanto surpreso, concorda e vai até perto da moto na qual o mecânico está a trabalhar.

O mecânico levanta-se e começa:

– Doutor, olhe para este motor. Eu abro-lhe o coração, tiro as válvulas, conserto-as, ponho-as de volta e fecho novamente. Quando eu termino, ele volta a trabalhar como se fosse novo. Porque será que eu ganho tão pouco e o senhor tanto quando o nosso trabalho é praticamente o mesmo?

O cirurgião dá um sorriso, inclina-se e fala baixinho ao ouvido do mecânico:

– Tente fazer isso com o motor a funcionar ...

domingo, novembro 18, 2007

143. Worst of

É muito mais complicado fazermos uma lista do que gostamos do que o que não gostamos. Acontece com tudo, desde a comida à música. Com o cinema é a mesma coisa. É muito fácil enumerar os filmes que não gostei, encabeçados pelo Crash de Cronenberg.

Quanto ao melhores é muito complicado - a principal razão é que os filmes são efémeros, são feitos para serem consumidos na primeira vez, porque depois perdem grande parte do encanto. Os melhores filmes são os que se vêem na altura, e mais do que a qualidade do filme, o que fica é o momento.

Assim sendo, temos para começar, o Matrix, pela inovação, pela história, e pela construção do personagem de Neo. A última vez que tinha sido arrastado desta forma para outro universo aconteceu com o primeiro episódio da Guerra das Estrelas e com os Salteadores da Arca Perdida.

Depois temos os filmes de Coppola, Apocalypse Now e principalmente o Padrinho. Curiosamente, o actor que dança ao som do Satisfaction em cima do barco é o mesmo que personificou o Morpheus, no Matrix. Quanto ao Padrinho, é um filme perfeito, só superado pelo livro, que comprei em segunda-mão em Matosinhos por 400 Escudos.

Quanto às comédias românticas, a minha preferida é, de longe, Quatro Casamentos e um Funeral. Gostei tanto que usei o elogio funebre da cena do funeral como dedicatória do livro de curso de uma grande amiga (desculpa...!)

No campo do humor, temos o Taxi, o Fabuloso Destino de Amélie e Delicatessen. Todos filmes franceses. Existe um filme Americano que guardo na memória "Freddie Bueller's Day Off", em português "O Rei dos Gazeteiros".

Em termos de Suspense e Acção, "Alien" e "Seven". Artes marciais? "O tigre e o Dragão".

Animação: Shreck e Nemo. Também de longe. O primeiro pelo humor, enquanto o segundo é outro filme perfeito.

Filmes portugueses? Cresçam e apareçam.... Um bom filme nasce em primeiro lugar de um bom argumento. Sem história um bom realizador não consegue fazer absolutamente nada. É como um pedreiro que lhe tenham dito apenas "quero ali uma casa". E podem ter os melhores tijolos que conseguirem (leia-se actores), sem um bom projecto a casa não vai a lado nenhum...

142. Piada médica

Como que a provar que também existem "Dr. Houses" lusos está esta anedota, uma de muitas que um médico vai publicar num livro (humm....isto não levantará problemas deontológicos?).

Reza assim:

Pergunta uma paciente no consultório: "Sr. Doutor, posso tomar os comprimidos com a menstruação"?
Resposta do médico com evidente boa disposição: "Claro. Mas se tomar com água o sabor é melhor."

(Um médico bem disposto - espécie em vias de extinção no SNS)

141. Já não é de agora

Já não é de agora o tacto dos Estados Unidos para a diplomacia e o respeito pelo direitos humanos.

Pressionado pelos seus apoiantes, que lhe ameçavam retirar o apoio nas eleições, Roosevelt foi obrigado a rejeitar o pedido de exílio a cerca de 900 judeus que chegaram à flórida num navio civil Alemão, o SS St.Louis.

Estavamos em 1939.

Obrigado a regressar à alemanha, morreriam 200 pessoas nos campos de concentração alemães.

Bravo.

quarta-feira, novembro 14, 2007

140. Teoria da Conspiração

Um exemplo da política monopolista da Microsoft? Abram o Internet Explorer de uma máquina Windows. Esperem que a página do MSN (Microsoft Network) termine de carregar. Depois escreva o site para onde "realmente" querem navegar. Sem se dar conta, o cursor passou para a caixa de pesquisa dentro da página e entretanto carregou na tecla "enter". E voilá, está dentro do motor de busca da Microsoft, onde já indicou que quer pesquisar pelo site que você já sabe que existe, mas não na Internet...

O sonho de Bill Gates era "um computador em cada casa". Está a acontecer, e o mundo agradece. A informática pessoal explodiu e o computador tornou-se uma ferramenta omnipresente.

O problema, na minha modesta forma de ver, é que a Microsoft praticamente nos obriga a optar pela sua tecnologia, o que tem as suas vantagens (toda a gente usa o messenger, todos usam o office, ...).

Mas e se eu não quiser?

Um site fantástico que descobri recentemente é o Portable Apps - lá se encontra um conjunto de ferramentas gratuitas, desde o Openoffice ao Firefox (Browser), passando pelo Audiocatalyst (editor de ficheiros de audio). E finalmente o mau favorito, o VLC, um Media Player que bate aos pontos o Media Player do Windows.

Todo este software basta ser instalado numa pasta qualquer, inclusivamente numa pen USB. Sem alterar o sistema, sem necessitar actualizações constantes...

E gratuita, em todo o lado, como sonhou o "uncle BILL"...

139. Menti

Menti.

Errei ao confiar no que recebo por mail, no exemplo mais grotesco do termo. Passo a explicar: em Outubro "postei" a despedida de Gabriel Garcia Marquez, baseando-me num ficheiro no formato Powerpoint que tinha recebido. Vim a saber agora que o poema descrito é uma farsa, escrita por um ventríloquo mexicano para o seu boneco e que de alguma forma apareceu num jornal peruano em 1999, associado a uma pretensa pioria do estado de saúde do prémio nóbel.

Pelo facto peço desculpa e remeto-me ao silêncio...

138. Maus hábitos

Tenho o mau hábito de usar a casa de banho como local de reflexão. Nada de telefonemas, nada de chatices de forma alguma. Incontactável. Só eu e o meu intestino.

Na semana passada estive num cliente, onde ouvia o encarregado aos berros dentro do quarto de banho, a falar ao telefone móvel ou ao telemóvel.

Para mim isso é o mesmo que falar alto numa igreja...

137. Orgulho de macho

Li um artigo sobre a testosterona que feriu de morte o meu orgulho de macho.

A primeira afirmação bombástica é que somos todos basicamente mulheres. Mesmo que geneticamente sejamos machos, fisiologicamente somos mulheres até que os níveis de testosterona sobem. Esta hormona é responsável pela diferenciação - ou seja que afinal a bíblia errou, não foi a mulher que nasceu de uma costela de homem, mas sim o homem que nasceu da mulher.

A segunda afirmação é a de que a testosterona, longe de ser uma substância nobre, limita-se a ser um parente químico do colesterol. Ou seja aquilo que nos faz homem é semelhante à "merda" que lutamos para exorcizar do nosso organismo.

Francamente!...

136. Sociedade Virtual Desportiva

Na Inglaterra, 20000 cibernautas uniram-se para comprar um clube de futebol da 5ª divisão inglesa. Cada um deu 35 libras.

Pergunto: se no nosso país um conselho de administração de uma SAD é a confusão que é, 20000 pessoas a mandar deve ser o fim do mundo...

135. Por qué no te callas?

Foi memorável a forma como o rei Juan Carlos mandou calar Chavez na cimeira Ibero-Americana. Este não parava de interromper o primeiro-ministro espanhol, até que o Rei perdeu a paciência, num acto que muito gostariam de repetir com mais frequência.

Comentário de Chavez alguns dias depois "Ainda bem que não percebi que o Rei me tinha mandado calar"...

Passado ainda mais algum tempo e já há quem esteja a lucrar com a venda do toque polifónico com o sample do Rei a calar o líder Venezuelano. Aparentemente é um sucesso de vendas.

segunda-feira, novembro 12, 2007

134. Mais fins de semana assim, sff

Interrompo aqui a já longa lista de banalidades para fazer um pedido urgente: quero mais fins de semana assim. Afinal não é todos os dias que um Benfiquista simpatizante do Braga é brindado com uma vitória da equipa da Luz por 6-1 frente ao Boavista, onde praticamente só faltou o próprio Camacho meter a bola na baliza, bem como uma fabulosa derrota do Sporting de Lisboa face ao seu homónimo Sporting Clube de Braga, por 3-0.

Para finalizar, um empate do FCP, tendo o adversário metido dois tentos nos últimos 5 minutos.

Si señor, así dá gusto...

133. Castanhada

Para comemorar o dia de S. Martinho houve uma castanhada no Terreiro do Paço. Uma associação de Vinhais teve a ideia de construir o maior assador de castanhas do mundo, facto esse comprovado pelo enviado do Guinness, que testemunhou que a castanha portuguesa é realmente muito boa. Na televisão viu-se um grupo em Vinhais em volta do dito assador e a dar avidamente ao dente, na maior paz e sossego.

A ideia seguinte dos produtores da iniciativa foi levar o dito assador para o terreiro do paço para dar castanhas de graça ao pessoal. O que eles não contavam foi com a confusão que causaram, havendo tumultos, gente atropelada, tendo sido mesmo necessário a intervenção da polícia municipal.

Valente castanhada, sim senhor...

(ps - não encontro confirmação desta notícia dada na Antena 3 esta manhã em lado nenhum na internet)

domingo, novembro 11, 2007

132. Gatos em off

Hoje o programa dos gato Fedorento vai ser substituido por um best-of. Será que a imitação de um Joe Berardo a gritar f-words fez mossa ao mais alto nível, ou terá sido a inclusão do Talvez Foder, cantado por um Pedro Abrunhosa ao mais alto nível e acompanhado por um criterioso coro de "Pis" a abafar os momentos mais complicados?

O problema é que, havendo os dois momentos de provocação no mesmo programa, ficamos na dúvida...

(ou talvez fosse o facto de eles terem um "skitch" no concerto dos Da Weasel, isto da especulação pode dar para tudo...)

131. Verne

Pode não estar entre os autores mais respeitados de sempre, mas Júlio Verne é um dos autores mais lidos.

Uma pequena história sobre ele foi a da não publicação do seu primeiro romance "Paris no Século XX", uma das primeira obras futuristas, rejeitadas pelo editor por retratar uma sociedade excessivamente negativa, dominada pelo lucro e pela eficácia.

Sim senhor, realmente não tem nada a ver, não senhor...

130. Luv

Um nova-iorquino criou um site onde procura uma rapariga que viu um dia no metro e que considera ser o amor da sua vida. Pieguices à parte, foi imediatamente acusado que pretender mediatismo e aproveitar o facto para se promover profissionalmente - é designer.

Ou seja, hoje em dia o amor puro e duro e o romantismo em geral está sujeito ao mesmo tratamento aplicado ao terrorismo internacional.

Já não se pode ser tolo..."fool for love"...

De aqui para diante somos todos cinzentões mal-humorados, forçados ao CTC (Casa-trabalho-casa) e ao EPCFF (Escola-Profissão-Casamento-Filhos-Funeral)...

sexta-feira, novembro 09, 2007

129. Quarteto

Vai ficar para sempre na minha mente a imagem da menina indiana com quatro braços e quatro pernas. Ao que parece durante a gestação o seu corpo tinha absorvido o corpo do embrião gémeo.

A imagem é desconcertante, e espero que a menina consiga ter uma vida o mais normal possível, mas fiquei ainda mais desconcertado quando vi o olhar de orgulho dos pais....

Faz-me lembrar o contentamento com que um puto de 18 anos assistia ao vídeo da decapitação de Pearce - ou antes de ouvir os seus gritos. Ainda hoje isto me faz confusão e me mostra quão baixo podemos descer...

128. Cromo

Aconteceu hoje, e não há nome melhor para o descrever. Seguia pela A3 em direcção a Valença. No corte para esta vila estava um carro parado no separador, um senhor de meia idade fora do carro a fazer-me sinais para parar. Encostei à direita.

Perguntou-me ele se já tinha passado o corte para Tuy.

Embora se possa chegar a Tuy pela vila, era muito mais fácil seguir em frente, passando pela ponte. Expliquei-lhe que ainda estava em Portugal, ainda não tinha passado a ponte.

"Ah, não? ... ", exclamou ele, " ... então vou mijar. Posso, não posso?" E lá se encostou ele à berma, enquando eu segui caminho.

Não há outro nome, fica "cromado"....

domingo, novembro 04, 2007

127. Mais algumas anedotas de Salazar

Aqui ficam mais algumas pérolas sobre o "maior Português de todos os tempos"...

História do Perú

Salazar convidou pessoas amigas para almoçar com ele. Um almoço menos do que frugal, insuficiente.

Os convidados olhavam por baixo uns para os outros. Quê? O almoço seria só aquilo?

Então Salazar diz à criada: - Traga o peru.

Animam-se os convidados. A criada retira-se e volta com um peru vivo, debaixo do braço.

Coloca-o sobre a mesa e a ave, faminta, desata a picar as migalhas.

Bacalhau

- Já conheces a última maneira de cozinhar bacalhau?
- Qual?
- Bacalhau à Salazar.
- Como é?
- Só batatas. . .

5000 Camisas

Quando Rolão Preto, chefe dos nacionais-sindicalistas declarou, num banquete realizado em Fevereiro de 1933, que a uma ordem sua podia fazer desfilar em Lisboa 5 000 «camisas azui», Salazar admirou-se:

—Quê?! Então apesar das minhas medidas de salvação nacional ainda há em Portugal 5 000 pessoas com camisa?

Monstruosidades

O monstro de Loch Ness,
De que toda a gente zomba,
Não me aquece nem arrefece.
Seria ideia de arromba
Se o mesmo dizer pudesse
Do monstro de Santa Comba.


Tábuas de S.Vicente

Comparado hoje às figuras
Das tábuas de S. Vicente
Passa o nosso Salazar
Um Natal todo contente.

Mas se isto dá uma volta
Por obra de Belzebú
Pegam nas tábuas e dão-lhe
Com elas todas no cu.

Cunha

Um amigo de infância do Presidente do Conselho, que tinha ido muito novo para África e por lá fizera a sua vida, juntando uma grande casa, vem à Metrópole e visita-o. Visita-o para matar saudades, mas aproveita para lhe pedir um conselho. É que acabava de formar um filho em Ciências Económicas e Financeiras e queria iniciá-lo no trabalho, aqui na Metrópole, antes de ir para África entrar na gestão dos negócios paternos.

- Talvez tu mesmo pudesses ajudar-me. Um lugarzito em que ele entrasse na prática...

Salazar sorriu:

- Nem de propósito! Esteve aqui há pouco o ministro da Economia e falou-me da necessidade de um economista para um conselho técnico. Sempre é um ordenado de seis contos...

- Seis contos?! Deus nos livre! Com um ordenado desses logo de entrada, o rapaz perdia a noção das proporções. Desmoralizava-se. Eu quero-o lá é para trabalhar.

- Então talvez um lugar de chefe de contabilidade num grémio. São quatro contos e quinhentos...

- É muito. É muito ainda... Salazar indicou a seguir mais dois ou três lugares equivalentes e o amigo ia recusando sempre. Até que se resolveu a adiantar:

- Compreendes, eu não quero que ele comece por mandar, mas por obedecer. Para saber como é. Para aprender, para se desemburrar. Sem grandes facilidades. Uma coisa aí para um conto e duzentos, um conto e quinhentos... Terceiro ou segundo oficial, por exemplo...

Salazar teve um gesto de desalento:

- Ah, isso é impossível! Só por concurso!...

Tartaruga

Um dia, alguém pensou em oferecer a Salazar, como presente, uma tartaruga.
- Uma tartaruga? Que ideia! Onde ia eu meter um bicho desses?
- É muito simples. Basta um tanquezito com água. Não dá trabalho nenhum, não incomoda, não faz barulho e pode viver até aos duzentos anos...
- Ah, não! Não quero. Nós afeiçoamo-nos aos animais, depois eles morrem e lá ficamos com pena de os perder...


Agora a sério

Passaram 33 anos e actualidade de algumas destas anedotas é, tristemente, um facto. Como se o seu fantasma nos perseguisse, na forma de um ex-aluno da UNI.

126. Perguntas e respostas

Perguntei a um responsável de vendas de uma das maiores empresas nacionais quantas pessoas lá trabalhavam, obtendo de imediato a seguinte resposta:

"Metade!"

125. Calças à medida

Há alturas em que a vergonha é tanta que toma conta do homem, especialmente quando tem um certo peso.

O momento mais embaraçoso da minha curta existência passou-se no auditório da Microsoft em Oeiras. Fui fazer uma apresentação para uma audiência de 150 pessoas, por sinal a primeira vez que falava para tanta gente, e como sempre algo acontece para estragar o dia. Ao tirar material de merchandising do carro rasguei as calças atrás, desde o cinto ao fecho, passando pelas zonas privadas. Quando fui chamado, tive o cuidado de nunca me virar, e tenho de reconhecer que a demonstração correu bem até ao momento em que as luzes se acenderam, anunciando um intervalo.

Entrei em pânico.

Como é que uma pessoa confraterniza naquela situação? Seguimos encostados à parede, simulando uma ainda mais humilhante "coceira"?

Não, fiquei junto ao palco, respondendo a toda a gente que me convidava para conversar lá fora com um "muito obrigado, mas tenho de preparar isto", e mexia nervosamente no rato, da mesma forma que os funcionários fazem quando são apanhados pelo patrão a coçá-los.

PS

Depois de escrever este artigo lembrei-me de outra história passada com calças, alguns anos antes. Tinha ido dar uma formação de Access a duas raparigas de 18 anos, cujo interesse pela matéria era o mesmo que tinham pela situação política do Qatar. Além da formação ter corrido mal, conhecia mal a sala, pelo que cometi o erro de me encostar á esquina do quadro. Na altura não me apercebi de nada. Terminei a formação com um estado natural de frustração, despedi-me das pessoas que iam fechar a escola e saí. Quando cheguei a casa dei por um rasgão nas calças, de lado.

Na sessão seguinte, perguntei às meninas na secretaria se tinham reparado alguma coisa de estranho, ao que elas responderam que sim. Mas tinham ficado caladas, as anormais.

Na falta de bom circo, qualquer palhaço serve...

124. Uma anedota sobre Salazar

Conta a lenda que no tempo de Salazar as anedotas não faltavam, mas eram contadas de ouvido a ouvido, com medo da PIDE.

Uma que me ficou no ouvido reza que naquele tempo não havia muito que comer, pelo que o chefe de família, quando via que já não havia mais nada para comer gritava:

- Viva Salazar!

Ao que todos respondiam:

- Estamos todos fartos!

E como estavam "fartos", que é como quem diz, bem alimentados, podiam ir para a cama dormir...

123. Cento e vinte e três

Sempre gostei deste número.

122. CV

Parece que descubriram novas incongruências no curriculo do nosso Primeiro. Agora o que está em causa são os anos ao serviço da Câmara da Covilhã como Engenheiro Civil.

De aqui a pouco vão descobrir que ele afinal não se chama Sócrates mas Simão Bonifácio. Sócrates era o nome do cão que Simão tinha e que morreu atropelado por uma ambulância, daí a firme decisão que aquele rapaz tomou aos dez anos em querer acabar com o Serviço Nacional de Saúde no nosso país...

E já agora, acaba-se também com as Escolas, outro dos ódios de estimação de Simão.

E cria-se um alvoroço no nosso sistema de segurança social, que tantos problemas causou à tia Matilde.

E por último deixa-se o país à deriva, porque Simão sempre gostou de navegar...

121. Televisão avariada (parte 2)

Não fosse o facto de ter perdido o programa dos Gato Fedorento, e a avaria da antena no nosso prédio até podia ser uma boa notícia. Sobrevivo perfeitamente com o clube de video, a internet e a rádio. Sem falar nos livros.

Abaixo a tirania da televisão...

Agora, como é que peço uma compensação pelos direitos audiovisuais que vêm na factura da luz e que não pude consumir durante este fim-de-semana? Que palhaçada...

120. Corrupção

Não li o livro de Carolina Salgado. Mais por uma questão de princípio do que por outra coisa qualquer - se desato a ler todos os livros que as ex-namoradas de figuras públicas escrevem a lavar a roupa suja, fico sem tempo para fazer as coisas realmente importantes.

Agora estou muito mais interessado em ver o filme, tanto pelas cenas picantes da protagonista principal, como pelo simples facto de ser o primeiro filme feito em Portugal que estreia sem a assinatura do Realizador.

Sem falar nas ameaças de morte a Nicolau Breyner...

Pelas críticas que leio, a coisa não ficou famosa.

O título que li diz tudo: "Filme-estalinho feito com base em Livro-Bomba"...

119. Cai neve em Bogotá

A celebre música do José Cid "Cai neve em Nova Iorque", devia ter uma nova versão, desta vez intitulada "Cai neve em Bogotá".

Isto porque a versão original da música era uma metáfora sobre o mundo da droga, enquanto que hoje na cidade tida como a capital da droga, choveu torrencialmente, acompanhada por uma chuva de granizo que encheu as ruas de Bogotá com um metro de gelo.

Se na realidade e por estranho acaso chovesse cocaína nestas duas cidades, haviamos de ver dois comportamentos diferentes: os colombianos a colher o pó à pazada para dentro de sacos de feijão, e os nova-iorquinos, muito mais sofisticados, de nariz colado ao chão, a fazer "sniff!!"

118. Halloween

O Halloween é, segundo a minha filha, a designação que os celtas davam à estação do Inverno. A tradição ditava que na noite de 31 de Outubro os mortos saíam das campas para voltar a confraternizar com os vivos.

Este ano o Halloween ganhou um novo significado para mim, enquanto pai de um míudo de 3 anos. Nem tem muito a ver com o Halloween mas sim com a fatídica mudança de hora. Não é fácil convencer uma criança que os adultos, por uma mania qualquer, decidiram atrasar uma hora nos relógios, e assim, durante a semana do Halloween, o meu filho insistiu em acordar às 6h 30m , em vez das 7h 30 habituais. Tipo "Jet Lag" infantil.

Ao fim dessa semana estava com umas olheiras de morto-vivo.

Portanto, um muito obrigado aos crâneos que inventaram a porra da hora de Inverno.

117. Terceiro milagre de Fátima

Ficou por concretizar o terceiro milagre do Fátima na Taça da Liga, devido a um golo do "santo" Liedson.

Ainda bem, porque se não teriam de fazer um estádio no santuário, e assim os fiéis ficariam com muito menos espaço nas celebrações ao ar livre.

116. Porcos Chauvinistas

Um porco chauvinista é um porco que pensa que é o melhor. Não necessariamente um "porco machista", porque neste caso teriamos de dizer "porco chauvinista masculino". O termo "chauvinista" vem do nome de uma personagem de uma peça francesa "Chauvin", que se julgava melhor do que os outros.

Vem isto a propósito da minha eleição do site mais machista que existe em Portugal, ou melhor dizendo o blog mais machista: gaijasdatv. Neste blog podemos ver uma quantidade enorme de fotos de mulheres da cena televisiva nacional, nas suas poses mais, como poderei dizer, "peculiares". Assim sendo temos lá de tudo, com motor de busca, ordenadas alafabéticamente, com ranking 10+, desde as pernocas da Julia Pinheiro até às cenas mais atribuladas do "ballet rose".

Em comparação, o site mais feminista da webopeia nacional deve ser qualquer coisa cor-de-rosa e imensamente florida...

Agora a sério, não acredito na igualdade dos sexos, porque existem diferenças entre homens e mulheres, não tanto em termos fisiológicos mas principalmente em termos psicológicos. Somos diferentes e pronto. Como dizem os franceses "e viva a diferença".

O que acredito é na igualdade dos direitos, e isto é que deve ser sagrado. E no direito à diferença. Quanto à superioridade, à velha questão do "sexo forte", ainda está para ser provado cientificamente.

115. Para siempre

Em oposição à alta rotatividade das presidências da União Europeias, o Siñor Chavez mandou efectuar uma alteração à Constituição que lhe permite reeleições ilimitadas.

Assim sim, "se queda garantizada la democracia de los más fracos".

terça-feira, outubro 30, 2007

114. Protocolos dos novos tempos

É preciso mudar os protocolos actuais, com base no que aconteceu na recente cimeira de onde surgiu o Tratado de Lisboa. Quando se comprimentaram Durão Barroso e José Socrates, após o nascimento do Tratado, disseram "Porreiro, pá!"

Em inglês, "Cool dude!"

Agora a sério, estamos na política como no futebol. Usamos de todas as oportunidades para nos mostrarmos. O que interessa se ganhamos o mérito internacional por meia dúzia de palhaçadas onde consumimos uma parte substancial dos recursos deste país, para a formulação de um tratado que muito provavelmente vai ter o mesmo destino que os tratados que o precederam? De aqui a seis meses (e quando é que a UE vai acordar para o facto de parte do falhanço do sonho europeu teve origem na alta rotatividade das presidências?), vêm outros palhaços para o poleiro e o circo segue viagem para outras paragens.
Usemos antes do bom senso que qualquer dona de casa tem: temos de limpar a casa antes de a mostrar às visitas.

113. Mia, Couto, Mia....

Ontem Mia Couto, grande poeta e escritor Moçambicano (de quem muitos gostam e a mim me diz pouco), esteve em directo de Moçambique no Programa da Prova Oral. A certa altura conta a história do Chuck Norris, que eu acho é fantástica e passo a tentar reproduzir (leia-se adulterar):

Durante as últimas cheias em Moçambique, Mia Couto foi chamado para ser entrevistado pelas grandes cadeias de televisão sobre a perspectiva das cheias do ponto de vista da cultura. Escolheram para cenário um local onde havia uma grande cratera no chão e uma multidão estava reunida para ver todo o aparato de luzes e câmaras.

"Estão a fazer um filme", diz uma pessoa.

A certa altura Mia Couto passa pela multidão. Alguém exclama "É um filme, olha lá o Chuck Norris!"

O escritor prepara-se para começar a entrevista, quando já há um grande alarido na multidão. O entrevistador pede para que ele tente acalmá-los porque estavam a fazer muito barulho. Mia Couto acede e vai falar à multidão, pedir-lhes para fazer menos barulho.

E diz alguém "Chuck Norris fala Português!"

E diz outro, "Aquele não não é Chuck Norris, é o Mia Couto. Conheço-o bem"

E pergunta alguém, para terminar, "Ó Mia Couto, porque é que que vais fazer de Chuck Norris?"...

112. Adeus, Gabriel

Num acto do mais supremo sacrilégio, reproduzo aqui a Carta de Despedida de Gabriel Garcia Marquez, que padece de um cancro linfático e está em estado terminal (mas uma coisa garanto, passarão 200 anos e a memória de Garcia Marquez nunca terminará...).

"
Se por um instante Deus se esquece-se de que sou uma marioneta de trapos e me presenteasse com mais um pedaço de vida, eu aproveitaria esse tempo o mais que pudesse.

Possivelmente não diria tudo o que penso, mas definitivamente pensaria tudo o que digo.

Daria valor às coisas, não por aquilo que valem, mas pelo que significam.

Dormiria pouco, sonharia mais, porque entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz.

Andaria quando os demais se detivessem, acordaria quando os demais dormissem.


Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida, deitava-me ao sol, deixando a descoberto, não sómente o meu corpo, como também a minha alma.

Aos homens, eu provaria quão equivocados estão ao pensar que deixam de se enamorar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se enamorar..

A um menino eu daria-lhe asas, apenas lhe pediria que aprendesse a voar..


Aos velhos ensinaria que a morte não chega com o fim da vida, mas sim com o esquecimento.

Tantas coisas aprendi com Vós homens…. Aprendi que todo o mundo quer viver no cimo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpa.


Aprendi que quando um recém nascido aperta com a sua pequena mão, pela primeira vez, o dedo do seu pai, agarrou-o para sempre.


Aprendi que um homem só tem direito a olhar o outro de cima para baixo, quando está a ajudá-lo a levantar-se.

São tantas as coisas que pude aprender com Vocês, mas agora, realmente de pouco me irão servir, porque quando me guardarem dentro dessa caixa, infelizmente estarei morrendo


Sempre diz o que sentes e faz o que pensas.


Supondo que hoje seria a última vez que te vou ver dormir, te abraçaria fortemente e rezaria ao Senhor para poder ser o guardião da tua alma.

Supondo que estes são os últimos minutos que te vejo, diria-te “Amo-te” e não assumiria, loucamente, que já o sabes.


Sempre existe um amanhã em que a vida nos dá outra oportunidade para fazermos as coisas bem, mas pensando que hoje é tudo o que nos resta, gostaria de dizer-te o quanto te quero, que nunca te esquecerei.


O amanhã não está assegurado a ninguém, jovens ou velhos. Hoje pode ser a última vez que vejas aqueles que amas. Por isso, não esperes mais, fá-lo hoje, porque o amanhã pode nunca chegar. Senão, lamentarás o dia em que não tiveste tempo para um sorriso, um abraço, um beijo e o teres estado muito ocupado para atenderes esse último desejo.


Mantém os que amas junto de ti, diz-lhes ao ouvido o muito que precisas deles, o quanto lhes queres e trata-os bem, aproveita para lhes dizer, “perdoa-me”, “por favor”, “obrigado” e todas as palavras de amor que conheces.


Não serás recordado pelos teus pensamentos secretos. Pede ao Senhor a força e a sabedoria para os expressar.


Demonstra aos teus amigos e seres queridos o quanto são importantes para ti.

"

111. Medo constante

Ou é de mim ou vivemos num clima de medo constante?

Temos medo da polícia (e usamos isso para segurar os nossos filhos "olha que vem lá a polícia e prende-te").

Temos medo das finanças (mas esperamos religiosamente pelo reembolso do IRS).

Não deixamos as nossas crianças brincar sozinhas na rua, mas queremos que sejam saudáveis e gastamos rios de dinheiro nos pedopsiquiatras.

Fechamos o carro logo que entramos com medo de sermos assaltados.

Não ajudamos aquela pessoa que encontramos parada na estrada com medo de sermos assaltados.

Não vamos ao Brasil com medo de sermos assaltados.

Não demoramos no banco com medo de serem assaltados.

Não damos esmola com medo de sermos enganados.

Morremos de medo da Asae, mesmo que estejamos 100% legais.

Não dizemos piadas sobre o governo, com medo de sermos processados.

Não dizemos piadas sobre o futebol, com medo de sermos espancados selvaticamente.

Não vamos ao hospital com medo de morrer, mesmo que se trate de uma constipação.

Não seguimos a nossa vocação com medo de ficarmos desempregados.

Não casamos com medo de não sermos felizes.

E no fundo, não somos felizes porque temos medo de viver.

110. Use um preservativo, Sr. Markl

Nuno Markl é um grande impulsionador da indústria dos preservativos. Ontem na rúbrica "Há vida em Markl", depois de inventar de propósito uma história para os tablóides onde ele tinha uma orgia no camarim da Operação Triunfo com uma mulher perneta, uma contorcionista e um cavalo, e se revelava no final como transexual, finalizou com a seguinte frase, que vai fazer história na rádio portuguesa do pós-25 de abril:

"Portugal precisa urgentemente de uma queca"

109. Cabrio

Não resisto aqui a esta banalidade. Ao ir para o emprego vi um cartaz de um peugeot à venda, com um cartaz dentro do carro. E o que dizia o cartaz, seria o número de contacto? Seria o nome do proprietário, ou talvez um mais prosaico "vende-se"?

Não senhor, dizia simplesmente "cabrio", que vem do francês "cabriolet", o que nunca me passaria pela cabeça, mesmo depois de ver a cobertura removível.

108. I'll be back

De vez em quando aparece um oásis mental num oceano de estupidez.

Esta semana um conjunto de estados pertencentes aos EUA resolveram juntar-se à Comunidade Europeia no chamado Mercado de Carbono, uma medida que visa o cumprimento do protocolo de Quioto e que foi rejeitada por Bush.

Entre os Estados que consignaram esta medida contam-se Nova Iorque e a Califórnia, do senhor Arnold Schwarzenneger (consegui escrever o nome dele de memória, espero que esteja bem escrito, caso contrário amanhã ainda levo com a espada do Conan na mona, o que, dado o estado miserável do nosso serviço nacional de saúde não é uma perspectiva muito animadora - além disso é coisa para doer bastante).

É caso para dizer, Obrigado. E "I'll be back".

Volta sempre...

domingo, outubro 28, 2007

107. Anedota do meu avô

Reza a lenda da minha família que um dia o meu avô, já algum tempo afectado pelo Alzheimer, se virou para o meu tio, vendo-o a andar curvado e cheio de dores, e pergunta-lhe:

- Que tens tu, rapaz?

- Foi o reumatismo, pai.

Resposta pronta do meu avô: - Onde é que está esse filho da p... que o parto todo?!

(Nota do autor: os verdadeiros heróis não são os que se escondem por trás de uma máscara. São os familiares de pessoas afectadas por esta doença e que mesmo assim conseguem o autêntico milagre de ter uma via quase normal. Eu da minha parte escondo-me na vergonha que sinto por não ter seguido a doença do meu avô de uma forma mais activa. A distância nos dias que correm não é desculpa. )

106. Puto Mongol

Ouvi na quinta-feira na rádio uma crónica sobre a Mongólia. Passados os tempos do Comunismo, os pastores nómadas voltam às estepes, fugindo da miséria da cidade.

Perguntam a um puto de 11 anos, pastor nómada que frequenta a escola (tornada obrigatória pelos comunistas), se queria ser pastor como os pais, ou ir para a cidade, ao que ele responde, com a maior das simplicidades (ou pelo menos o que deu a entender, o meu Mongol está um bocado enferrujado): "Serei o que os meus pais quererem que eu seja, porque foram eles que me puseram no mundo".

E penso nisto enquanto discuto com a minha filha por esta só querer roupa de marca.

(Outro pastor, pai de duas filhas, apresentava uma curiosa dualidade. Ele tinha andado na escola mas depois tornou-se pastor, para ser fiél à tradição. Mas para as filhas preferia que prosseguissem os estudos para depois irem para a Cidade. Como nós dizemos, ou à moralidade ou "comem" todos.)

105. Gorou-se

Afinal são 9 existentes existentes no filme de Al Gore, segundo o Tribunal Superior de Londres. Aparentemente, 90% do conteúdo do filme é verdadeiro.

Ou seja, podemos contar 10% de mentiras e mesmo assim ser prémio Nobel da Paz, o que não diz muito da idoneidade da instituição.

sexta-feira, outubro 26, 2007

104. As sete mentiras de Gore

O Ministério de Educação Inglês vai permitir a exibição do filme de Al Gore "Uma verdade inconveniente" nas escolas Inglesas.

Até aqui tudo bem e é muito louvável a iniciativa - com um pormenor de requinte: o mesmo Ministério reconheceu a existência de 7 erros científicos no mesmo filme, os quais vão ter de ser explicados no momento de visualização.

Ou seja, a dita "verdade" apresenta sete "inconvenientes" mentiras.

103. Crítica Literária, by Markl

O Nuno Markl ontem fez um sketch no programa da manhã da Antena 3 que eu achei das melhores coisa que ouvi nos últimos tempos. Chamava-se "Crítica Literária" e começava por dizer que, contrariamente ao que se costumava dizer, existia na maior parte dos lares portugueses pelo menos um livro, o Livro de Recibos Verdes. Depois fez uma crítica literária a este livro, mencionando o facto mais importante, o facto do livro "Verde" não ser assim tão verde, e terminando com a leitura de um "excerto".

Quando cheguei à parte do Nº do artigo do Iva já estava a rir sozinho dentro do carro. A fazer uma bonita figura de urso à custa do Sr. Markl.

domingo, outubro 21, 2007

102. Anedota Doméstica

Viviamos na altura num apartamento T3 com 2 casas de banho. A casa de banho grande tinha a sanita avariada, pelo que tinha sido necessário tirá-la do sítio, deixando à mostra o tubo do esgoto. E lá ficou a sanita, no meio do quarto de banho, esperando pacientemente por parafusos para a voltar a colocar no sítio.

De manhã, estava eu num momento "All Bran" na sanita da casa de banho pequena, quando ouço a minha filha a pedir para fazer xi-xi. Estava completamente à rasca, e eu a meio do serviço.

Foi então que o talento da minha mulher para o desenrascanço veio ao de cima, numa frase que vai ficar para a história da família:

"Espera fofinha, que a mamã vai pôr a sanita..."

(Fiquei sempre a imaginar o que os vizinhos ficariam a pensar ao ouvir isto ... )

101. Trilogia

Matt Damon referiu, acerca do seu último filme da Trilogia "Bourne" (The Bourne Identity, The Bourne Supremacy e The Bourne Ultimatum), que os seu trinta anos já transpareciam no último filme, pelo que não seria ele a interpretar os próximos.

A razão, no entanto deve ser outra, completamente diferente. Os primeiros três filmes eram baseados no livros de Ludlum, que entretanto faleceu. Os dois livros seguintes foram escritos por um seguidor do estilo de Ludlum, mas que começou por mandar Matt Damon para o desemprego logo no quarto livro da série "The Bourne Betrayal", ao começar a acção com um David Webb/Jason Bourne 14 anos mais velho...

Só espero que mantenham a mesma frieza na acção que foi a tónica dos três primeiros filmes...

100. Festival da Canção

E falando do festival da canção.

Aquilo parece um festival de cromos, anacrónico e fastidiante até à medula. Estamos em 2007, senhores. Ninguém vê aquela porcaria.

Actualizem-se, porr...

99. Covilha

Senhores membros da comunicação social. Assim não dá! Temos direito à qualidade de informação (e não estou a falar do telejornal da TVI).

No outro dia ouvi na rádio uma notícia sobre os problemas encontrados pelo Sr. Sócrates na "Covilha". Sabendo que ele é original da Covilhã, fiquei a pensar que a dita "Covilha" fosse uma aldeia qualquer, mas não. O nosso amigo da rádio comeu o "til" com a mesma voracidade com que a apresentadora do Festival da Canção acrescentou em directo um acento circunflexo ao nome da cidade de Aveiro, ficando "Avêiro".

Comilões.

98. No país do chocolate

Lembro-me de um programa sobre a realidade do ensino em diversos paises, mostrando realidades tão diferentes como a Europa do Leste, Ásia, Africa ou os Estados Unidos. Ao fim ao cabo, o que o programa mostrava era que não existia um método mas sim vários para atingir o mesmo fim - ensinar. Minto. O objectivo não é ensinar. Contrariamente à visão do ministério, o grande objectivo não é fazer com que os professores ensinem. Isso até podiam fazer com uma audiência de 30 galinhas e 20 porcos. O grande objectivo esquecido é "aprender". Os professores não estão ali para ensinar - os alunos é que estão ali para aprender. Há uma grande diferença.

Quando os alunos se convencerem de que não estão ali à espera do grande dia em que possam sair da escola, quando as politicas ministeriais se adequem ao que têm de ensinar, poderemos ter uma grande confiança no futuro.

O programa que mais me chocou (no bom sentido), mostrava uma escola da Suiça (pelo menos creio que era na Suiça - para o fim deste post, não interessa minimamente a sua localização). Nesta escola não havia livros escolares. Os alunos contruiam eles próprios os livros à medida que as matérias eram dadas. E o interessante era que as diferentes disciplinas eram coordenadas de forma a darem todas aspectos diferentes da mesma matéria. Ou seja, numa semana os alunos davam tópicos da mesma matéria nas várias disciplinas, conseguindo assim um grau muito maior de sucesso na aprendizagem do que quando as coisas são metralhadas para o quadro negro.

Claro que esta filosofia não agradaria minimamente aos patrões da Porto Editora... :)

sexta-feira, outubro 19, 2007

97. Queimadas

É mesmo de português. Termina a época em que é proibido fazer queimadas e toda a gente desata a queimar toda a porcaria acumulada durante o verão nos seus quintais. Houve dias em que pareciamos estar em Londres, no meio do nevoeiro. Hoje, e de certeza por causa disso, dois grandes incêndios deflagraram em Ponte de Lima e Arcos de Valdevez.

Ou seja, o Português acha que uma coisa, só porque deixa de ser proibida, pode (e deve) ser feita, à custa do bom senso.

Pensem, meus senhores, pensem. Ou o vosso grau de dependência do Estado é tal que é obrigatório que este decida por vós, indicando o que é proibido sobre determinado assunto? Isso é o que é necessário fazer às crianças, mas assim que ganham alguma maturidade deixamos de precisar de o fazer.

quinta-feira, outubro 18, 2007

96. Rebobinadores de cassetes

O Sr. Nuno Markl declarou que o invento mais estúpido de sempre é o rebobinador de cassetes.
Pertenço no entanto à estranha categoria dos homens que gostaria de ter um. Isto porque tenho um conjunto de cassetes grandes que não quero desperdiçar, mas o meu video está com problemas. Para já não consegue rebobinar em modo normal, nem passar para a frente, porque senão pára. Só funciona o play, o rebobinar em modo rápido e o passar para a frente. Qualquer outra combinação, incluindo o parar, tem como efeito o bloqueio do video e consequente necessidade de desligar e voltar a ligar.

domingo, outubro 14, 2007

95. Controvérsia Proverbial

Sempre achei muita piada aos provérbios, mas não sei se foi depois de ter visto um sketch dos Gato Fedorento sobre um escritor de provérbios, comecei a pensar sobre o tipo de pessoa que cria provérbios, e sobre a soberba confusão que reina naquela cabeça.

E digo confusão porque é suposto serem exemplo de sabedoria antiga, e no entanto são contraditórias.

Senão vejamos os seguintes exemplos:

"Grão a grão enche a galinha o papo"

"A pressa é a inimiga da perfeição"

"Mais vale um pássaro na mão do que dois a voar"

Que contradizem com:

"A sorte persegue os audazes"

"Quem não arrisca não petisca"

Com que é que ficamos? Hem? Arrisco ou não arrisco?

94. Noite da má língua

Realizou-se no casino da Figueira da Foz uma reedição das noites da má-lingua, famigerado programa da SIC, dos tempos em que a SIC valia a pena ver.

Júlia Pinheiro, Miguel "MEC" Esteves Cardoso, Rui Zink, Rita Blanco e Manuel Serrão.

Façam um favor ao país.

Voltem!

93. Bicicleta

É uma sensação muito boa quando ensinamos um filho a andar de bicicleta. Não é fácil - primeiro porque temos de puxar da memória para sabermos as dificuldades que tinhamos quando nós próprios começámos a andar. Depois temos de explicar como fazer algo que para nós nos parece familiar e intuitivo.

E no fim deixamo-los sozinhos e ver a rapidez com que começam a andar é uma sensação muito boa, de missão cumprida.

Afinal é para isso que os pais existem, para darem aos filhos as ferramentas suficientes para se safarem sozinhos.

92. Os tomates da Maria

Não sou leitor assíduo da celebrérrima revista "Maria", mas sempre que tenho uma nas mãos não resisto a ler as páginas do consultório sexual, onde os Portugueses expõem as suas dúvidas na matéria. De todos os casos raros que li, um em particular chamou-me a atenção.

Falava de um jovem que tendo perdido um testículo perguntava como podia saber se o testículo que lhe restara era o que fazia "meninos", ou "meninas". Sim, porque homem que é homem só quer ter filhos "homem".

Há coisas estúpidas, não há?...

quinta-feira, outubro 11, 2007

91. Cláudia (Parte II)

Ontem ouvi o José Nunes na Antena 3 a queimar ao vivo a famosa Cláudia Semedo, por esta não saber o significado da expressão "chicotada psicológica". Cláudia, filha, ou muito me engano, ou não tardarás em saber na pele o seu significado, especialmente depois de teres confidenciado que tinhas ido ver o Planet Terror com a família Markl e a família Marinho (director da Antena 3), e que o filho deste se abraçava a ela nos momentos mais complicados. Chegou inclusivamente a dizer que o filho do José Marinho "já conhecia o filme".

Ora como o filme acabou de estrear, isso só significa que o pirralho teve acesso a uma cópia pirata do filme, pelo que não é um comentário muito inteligente, em especial quando é acerca do filho do nosso patrão, e ainda por cima estamos numa das rádios mais ouvidas em Portugal.

90. Histórias da vida de um informático (Parte 1)

Seguem-se algumas histórias que se passaram comigo numa empresa em que trabalhei. Non-sense completo.

Telemóvel

Na primeira história estavamos de volta de um conjunto de máquinas, ocupadissimos, quando aparece um tipo de mau aspecto a perguntar se queriamos comprar qualquer coisa que tinha na mão. Era um telemovel, ou melhor, a parte do punho de um daqueles sistemas antigos que se instalavam nos carros.

Frigorífico

Pouco tempo depois, alguém por brincadeira decidiu abrir a porta do frigorífico que estava dentro da secção técnica. Revelou-se uma péssima ideia, por dois motivos: primeiro, o frigorifico estava fechado e desligado à dois anos. Segundo, alguém se tinha esquecido de um queijo dentro do frigorifico. O cheiro que deitou é impossível de descrever. Só digo que é muito boa ideia a de enterrar os nossos falecidos...

Putos irritantes

Um fim de tarde fui a casa de um cliente configurar o messenger de forma a que o pai separado pudesse falar com os filhos. Ainda era no tempo das ligações analógicas, que demoravam uma eternidade em estabelecer ligação e que depois nunca mais se despachavam. Naquele dia, além de ter de lutar com uma ligação lenta, esta estava sempre a ir a baixo. Só algum tempo depois é que descobri a causa - os putos estavam a a divertir-se a desligar o cabo da linha telefónica...

Música

O meu patrão dessa altura pediu-me para ver dois problemas gravissimos. O primeiro era um problema na placa de som de um computador de uma loja de roupa, usado entre outras coisas para passar musica na loja. O problema é que as musicas "saltavam", ou seja, colocavam na primeira musica e a seguir passava para uma musica qualquer. Problema complicado - tirei o player do modo "random" (aleatório) e segui caminho.

Parei depois na casa (ou melhor, num casebre sem condições nenhumas) onde estava o computador e a dona que se lamentava que o leitor de cds não funcionava bem - só passava 10 s de cada música. E eu ali, lixado da vida por ter feito quilómetros por causa de uma opção do leitor de Mp3, e depois por ter feito mais quilómetros por causa do modo "scanning" de um leitor de CDs, modo esse que só passava 10 s de cada musica e avança para a próxima.

Virus

Em 1995 estava em Lisboa, ao serviço de um Organismo do Ministério da Saúde. Nessa altura, os computadores ainda não estavam em rede e tudo funcionava por disquete (ainda sou do tempo de instalar o Office 4.3 que vinha num conjunto de 35 disquetes - ou talvez mais - viviamos no terror uma falha numa das últimas disquetes que atirasse para o lixo uma hora de árduo trabalho).

Um belo dia fui à Direcção Regional para uma visita de rotina, levando um anti-virus numa disquete. Verifico que todos os computadores tinham virus, pelo que passei a tarde a tirar os vírus, e a passar de computador para computador ficheiros para substituir os ficheiros corrompidos pelos virus. No fim do trabalho as máquinas estavam limpas, os anti-virus instalados. Saí de lá cansado mas com a sensação de dever cumprido, sensação essa estragada pelas notícias do dia seguinte. Pelas palavras do Sub-Director do Organismo, o Sr. Engenheiro (moi même) estava proibido de entrar com disquetes na Direcção Regional, em virtude de estar a colocar virus nas máquinas. Virus que estes senhores sempre tiveram mas que desconheciam pelo facto das máquinas nunca terem visto a porcaria de um anti-virus nas suas curtas vidas digitais.

quarta-feira, outubro 10, 2007

89. Gatices

Vi hoje um episódio da Série Friends, uma das minhas favoritas e que revejo esporádicamente na 2. No episódio de hoje fomos brindados por três histórias cruzadas, o ciume abichanado de Chandler depois de Joe ter saído do apartamento, o trauma da irmã do Ross pelo facto de ter o irmão a morar novamente na mesma casa que ela e por fim o convite feito a Phoebe para gravar uma das suas músicas, "Smelly Cat", traduzido em Português para "Gato mal-cheiroso".

O que torna este episódio histórico, é o facto de quatro jovens Portugueses terem usado o nome da música de Phoebe para dar nome aquele que viria a ser o quarteto humorista mais famoso de Portugal.

88. Sensibilidade na língua

Ouvi hoje uma pérola na rádio que, mais uma vez, não resisto em contar aqui. Dizia um fulano que, em comparação com 2001, tinham morrido menos 800 pessoas nas estradas no ano de 2006.

Ora as palavras com que afirmou este facto são, no mínimo, mórbidas. Disse ele que "em 2006 ficaram por morrer 800 pessoas". Ou seja, estas 800 pessoas ficaram em lista de espera e terminariam a sua existência no decorrer do ano 2007, ao abrigo do programa de combate às listas de espera...

:)

87. Más conselheiras

8 MOTIVOS PARA NÃO SE CONFIAR SEMPRE NOS CONSELHOS DAS MÃES:

1º- Deixa de jogar bola e vai estudar para poderes ter um futuro !
(Mãe de Cristiano Ronaldo)

2º- Pára de gritar !!!!!
(Mãe de Luciano Pavarotti)

3º- Deixa de brincar com essas máquinas ou nunca terás nada na vida !
(Mãe de Bill Gates)

4º- É a última vez que riscas as paredes DA Casa de banho !
(Mãe de Michel Angelo)

5º- Pára de bater na mesa, estou cansada desses ruídos !
(Mãe de Samuel Morse)

6º- Fica quieto de uma vez, daqui a pouco vais querer dançar nas Paredes !
(Mãe de Fred Astaire)

7º- Nada de igualdades, eu sou a tua mãe e TU és o meu filho !
(Mãe de Karl Marx)

8º- Pára de mentir, TU pensas que estares sempre a mentir te
vai Ajudar a conseguir ser alguém na vida ?
(Mãe de José Sócrates)

terça-feira, outubro 09, 2007

86. Pavor

O contrário de pavor é corajoso, um sinónimo de corajoso é "sem medo" e um nome derivado desta expressão é "Semedo".

Cláudia Semedo é a nova voz do programa da manhã da Antena 3. É extremamente simpática, mas não tem presença comparável às restantes locutoras, nomeadamente a Raquel Bulha e a Ana Galvão. O timbre da voz dela é desagradável e as suas tiradas histéricas levaram-me já a fazer o impensável, mudar para outra estação de rádio durante o programa da manhã.

Para quem não conhece a Cláudia, era a apresentadora do programa Mega-Ciência e apareceu semi-nua num dos últimos filmes portugueses.

Agora é a nova voz da Antena 3. E enquanto ela lá estiver, vou procurar outra rádio, para salvaguardar o resto da minha inteligência e, principalmente, os meus ouvidos...

85. Educação

Batendo sempre na mesma tecla da Educação...

Alguém disse uma coisa interessante na Antena 3, coisa essa que não vou conseguir reproduzir na íntegra devido ao meu estado precoce de "Alzheimerização". Mas rodava tudo à volta do estado actual da educação e da falta de respeito que os alunos tinham pelos professores de agora, respeito esse muito diferente do que tinhamos alguns anos atrás.

A ideia de fundo era que os pais esperavam que a escola ensinasse algo diferente do que os putos aprendem em casa. Os professores esperam exactamente o mesmo, mas principalmente esperam que os pais tenham ensinado os valores essenciais, coisas simples como o respeito, por exemplo. Como os pais não têm tempo e delegam esse ensinamento aos professores, os míudos acabam no meio de uma guerra, aprendendo coisissima nenhuma de útil, e principalmente, não aprendendo a coisa mais essencial de todas: o seu lugar na sociedade.

84. Passividade activa

Somos todos fumadores activos, mesmo os que se dizem fumadores passivos. Pelo menos na minha simples opinião. Ao decidir não fazer nada, estamos a pactuar com uma determinada situação, ou seja que estamos a agir. Mesmo decidindo não fazer nada estamos a executar a acção de decidir não fazer nada, mesmo que seja decidir não pedir ao fulano do cachimbo para apagar a corneta. Portanto , somos todos fumadores activos.

Deixei de fumar aos seis anos quando um tio me enfiou um cigarro na boca. Tomei a decisão na hora de abandonar o tabaco, e consegui chafurdar pelos atribulados anos da adolescência sem sentir necessidade de fumar.

No entanto, reconheço o direito das pessoas ao vício. Não entendo as restrições impostas nos Estados Unidos, onde nem na rua se pode fumar. Considero isto um extravangante exagero político, de quem não sabe que o fruto proibido é de longe o mais procurado, principalmente pelos putos.

Os árabes é que têm razão, com os seus cachimbos de água. Aquela porcaria não polui absolutamente nada - dá é um trabalhão para meter no bolso... :)