domingo, agosto 31, 2008

349. A Quarta Idade

Deveriamos começar a pensar em criar uma "Quarta idade", dado que com o envelhecimento da população cada vez vamos ter mais idosos com 90 e tantos anos.

Esta história é verídica. No funeral do marido de 80 e muitos anos, a viúva, de 95 anos, lamentava-se: "Nunca pensei que ele fosse tão cedo..."

348. Parados

Afinal os americanos sempre têm sentido de humor, conforme mostra o seguinte vídeo...



347. O que vamos assaltar hoje?

Como se fosse uma paródia ao histerismo nacional causado pela recente onda de assaltos violentos, a RTP2 começou a exibir a série "Knights of Prosperity", que trata de um grupo de pessoas, desiludidas com a sua vida, e que se juntam com um fim pouco nobre. Roubar aos ricos para ficarem com o saque. Começam por planear o assalto à residência de Mick Jagger.

Só para quem gosta de humor inteligente e non-sense completo. Os restantes podem passar o dia numa qualquer repartição de finanças...

terça-feira, agosto 26, 2008

346. A Luta Continua

Continuamos no estranho mundo do cinema Americano.

Quem estiver mais atento aos genéricos finais, verá que alguns filmes Americanos contêm a frase "A Luta Continua". Sempre estranhei isto - até que soube que esta mensagem era o grito de revolta usada em Moçambique na guerra colonial.

Não encontro explicação para isto.

Boa noite e façam o favor de ser felizes.

345. Dunas

Não se trata da mítica canção dos GNR (por muitos o acrónimo significa "Grande Ninhada de Ratos"), mas sim do não menos mítico filme "Dune", que se sitia na fronteira entre o Cult Movie e a mediocridade.

Li ontem um artigo sobre esta super-produção que se arrastou durante mais de um década, passando por várias equipas, uma delas contava com a participação de Orson Wells e de Dali. Não sei ao certo se isto é verídico ou não, mas o que li foi Dali pediu como honorários 100.000 dólares por hora. Espero não estar a dar ideias a nenhum administrador de alguma empresa Pública Nacioal.

Como os custos de pré-produção se tornaram astronómicos, houve uma mudança de equipa, sendo contratado David Lynch para a realização. O filme foi feito, mal ou bem, a meu ver ninguém fica indiferente ao filme, quem o vê pela primeira vez raramente o percebe, e quem o percebe raramente fica acordado.

O curioso foi o facto do realizador de uma versão para televisão foi um tal de Alan Smithee, o qual aparece em alguns filmes, sobretudo em telediscos.

E quem é Alan Smithee, perguntam vocês, trata-se de um anagrama para "The Alias Men", um estratagema que a industria encontrou para quando alguém da equipa técnica não assina o filme. Assim não vai o nome em branco...




Nota: um dos piores filmes Americanos de sempre, "Burn Hollywood Burn", conta a história de um realizador chamado Alan Smithee que realiza um filme tão mau que pensa em não assinar o filme, mas quando percebe que o único nome possível para usar é o seu próprio nome, foge para o deserto com as bobines do filme com intenção de o queimar...

344. O Grande herói Americano

Chamava-se assim uma série americana na década de 80. Tratava-se da história de um professor com uma turma problemática e de um agente do FBI alcooletra que têm um encontro com seres extraterrestres que dão ao professor um fato com poderes e um manual de instruções, devendo o fato ser usado para salvar a humanidade. A primeira coisa que o professor faz, no entanto, é perder o livro de instruções, o que dificulta muito a utilização do mesmo fato.

Não me lembro desta série ter passado em Portugal, mas tentava não perder um episódio na Televisão Espanhola, que na altura era apanhada em Braga através de uma antena pirata.

Belos tempos.

Além da história rocambolesca, "O Grande Herói Americano" tinha outra particularidade: o nome da personagem principal, o professor, era "Hinckley", que foi mudada posteriormente para "Hanley" depois de um tal Hinckley ter tentado assassinar o presidente de então, Ronald Reagan, facto de aconteceu na mesma altura do inicio da série.

sábado, agosto 23, 2008

343. Saltadores da Medalha Perdida

Mais do que nos lamentarmos pela fraca prestação Olimpica Portuguesa, salva apenas pelo talento da Menina Fernandes e do Sr. Évora, vale a pena pensarmos no que temos de fazer no futuro. Não vamos recorrer ao método chinês do recrutamento forçado no infantário, mas podiamos pelo menos dar mais valor aos nossos atletas dando-lhes condições mínimas. Os famosos mil e tais euros por mês são claramente insuficientes, e se ainda por cima não forem investidos também na formação dos atletas, de forma a que não se acanhem no momento da prestação, é um investimento deitado ao lixo.

Gostei da forma como João Ganço, treinador e amigo pessoal de Nelson Évora indicou o estado de espírito do atleta: o estar no estádio deve ser acima de tudo um divertimento. E se uma pessoa está bem disposta não pode estar nervosa.

Li num artigo alguém caracterizar o desporto escolar como sendo "incipiente". Não deveria estar escrito "inexistente"?

Qual é o objectivo do desporto escolar, ou melhor da fantástica disciplina de Educação Física? Pôr os míudos a correr de um lado para o outro de forma a ocupar o tempo o professor?

Que incentivo pode ter um míudo que realmente apresenta um talento especial? Ou melhor, quem o incentiva?

Porque razão disciplinas como o atletismo ou a natação têm de ser preteridas pelos clubes em favor dos benditos jogadores estrangeiros que custam milhões e endividam irremediavelmente os clubes?

sexta-feira, agosto 15, 2008

342. Fábrica de Medalhas

Para todos aqueles que se perguntarem porque razão os chineses ganham tantas medalhas, enquanto que os portugueses se ficam pela viagem, aqui fica a receita:

- Quando os míudos ainda estão no infantário, aqueles que revelam características certas são enviados para os ginásios, onde treinam incessantemente os mesmos exercícios, longe da família. O metodo de treino é também simples. Todos os exercícios são repetidos mil vezes até o miúdo encaixar.

No fim ficam com um grande número de "máquinas" olímpicas, dos quais seleccionam os melhores.

Fico na dúvida do que será a mente de um atleta chinês, em especial aqueles que são preteridos nesta selecção. O que farão eles na vida?

Outra dúvida que tenho é o que acontece com eles caso falhem?

341. GPS - Global Panic Situation

Aconteceu no início de Agosto e provavelmente não foi noticiado em sítio nenhum. O meu tio vinha do Luxemburgo e ao chegar a uma auto-estrada espanhola o GPS mandou-o voltar sair e voltar para trás, de forma que voltou a passar pela portagem. O portageiro informou-os de que não eram os primeiros a que isso acontecia. Inexplicavelmente os utilizadores de GPS repetiam sucessivamente aquele percurso como se tivessem caído num buraco negro do qual só sairam quando desligaram os malditos aparelhos e procuraram o caminho à moda antiga, pelas indicações nas placas.

A razão para isto é simples. Tratava-se apenas de uma estrada nova que não vinha nos mapas dos GPS.

sexta-feira, agosto 08, 2008

340. Pânico

As repartições vieram a público declarar o estado de pânico por causa da famosa visita em massa dos fiscais aos contribuintes em falta. Já falei nisso, mas como sempre o meu post sofreu de alguma miopia - só me apercebi de metade da estupidez...

É que não só os contribuintes estão em férias como também os próprios fiscais.

quinta-feira, agosto 07, 2008

339. Foto de família

Quem me conhece sabe da minha antipatia pela Amy Winehouse.

E porque razão eu antipatizo tanto com ela? Em primeiro lugar porque não gosto da voz dela. É uma voz seca, fria. Parece estar a cantar contrariada, um frete constante.

Em segundo lugar porque alguém com o talento (o qual não duvido que ela tenha), está a arruinar estupidamente a sua saúde, numa procura por um fim que a torne "imortal". E enquanto isto existem milhares de raparigas que sonham com o estrelato e que nunca o conseguem atingir.

E este post afinal é sobre quê?

A semana passada vi uma foto de família da Amy com os pais. Estranhei. Vê-la com os pais é como ver o McCain com o Obama. E qual é o meu espanto quando descubro que afinal se tratava de uma imagem de Amy no museu de cera da Madame Tussaud, ao lado da qual os pais posaram para a fotografia.

E qual foi o comentário da Amy acerca da estátua? "Pensava que era preciso estar morta para termos uma destas, e eu ainda não morri."

Pois é, Amy, ainda não morreste, mas se continuas assim não deve faltar muito e assim a Tussaud pode ir adiantando trabalho...

PS - Peço desculpa mas é "Tussauds" e não "Tussaud"...

338. De génio...

O Governo deu hoje a entender que está a planear a implementação que visa colocar portagens no acesso a Lisboa e diferenciar o valor das portagens pelo número de ocupantes dos veículos, penalizando os veículos que só transportem o condutor.

Há alguns anos atrás num país asiático implementaram esta medida, que veio criar uma nova oportunidade de negócio, que são os "ocupantes". Assim os rapazes disponibilizam-se para serem ocupantes, mediante um preço ou pelo simples prazer de andar numa boa máquina.

Francamente...

Em vez de andarmos a discutir medidas que pecam pela inutilidade, peguemos no TGV, nos Aeroportos e afins e criemos uma rede de transportes públicos em condições, que permitam às pessoas realizar a sua vida.

Em vez disso, cada vez abrimos mais auto-estradas.

Assim, minha gente, não vamos lá...

337. Interrupção Voluntária do Blog

Interrompo voluntariamente este blog para perguntar algo que me está a fazer confusão.

Ao que parece o Ministério das Finanças pretende enviar inspectores a 50000 devedores. Até aqui tudo bem. Quem não deve não teme.

Agora pergunto, que raio vão os inspectores fazer?

A resposta é simples, de acordo com as novas leis, desde que haja um processo de execução, os inspectores não precisam de um mandato judicial para entrar nas casas e nas empresas para inventariação de bens penhoráveis.

Não era bem isto que queria perguntar. O que realmente queria perguntar é a oportunidade da notícia. O Estado vai gastar rios de dinheiro em deslocações à casa de pessoas e vão bater no nariz nas portas, porque o vão fazer durante o mês de Agosto, e todos sabem que até os caloteiros vão de férias para o Algarve.

Ou melhor dizendo, "especialmente esses", porque a crise é tanta que os outros já não têm dinheiro para esses luxos...

Ou então os ditos inspectores vão fazer uma especialização na avaliação de portas e campaínhas...

terça-feira, agosto 05, 2008

336. Blog a banhos

Tal como o resto do país, este blog também vai a banhos. Pode ser que entre duas caipirinhas tenha inspiração para ver o que se vai seguir.

Que giro.

O Blogspot já tem um corrector ortográfico no editor. Já vem tarde, mas continua a ser muito bem vindo. Está é provado que o corrector está em português de Portugal.

Porquê, perguntam vocês? Porque não reconhece a caipirinha.

Simples....

sábado, julho 19, 2008

335. Pergunta embaraçosa...

Porque carga de água é que o carteiro não pede o BI quando entrega uma carta registada na morada mas já é obrigatório quando se vai levantar aos correios?

sábado, julho 05, 2008

334. Dólares negros

Aconteceu na Madeira o aparecimento de uma nova moda de falsificação de dinheiro. Os falsificadores vendiam notas de dólar negras, bem como um frasco com um diluente especial que tirava a tinta das notas, de forma que estas voltavam ao seu estado normal. Isto, claro está, nunca acontecia.

Estamos num país de tansos, os tansos que imaginam estes esquemas, e os tansos que caem nos esquemas.

Ainda estou na dúvida de saber quem é o pior tanso.

333. Ça va?

Fiquei chocado pela positiva com a forma como Sarkozy manifestou o seu desacordo com a (nova) subida das taxas de juro pelo BCE (Banco Central Europeu). E no caminho pode ter dado um pontapé em tudo o que se escreveu sobre macro-economia nos últimos 30 anos.

Segundo ele, a taxa de inflação na Europa está alta (4%) porque as matérias primas também estão altas, pelo que os preços dos produtos finais também sobem. Antigamente a inflação tinha origem no excesso de investimento, pela procura de dinheiro. Neste cenário a subida das taxas de juro desincentivava o investimento e funcionava como um regulador da inflação.

Se hoje aplicamos esta medida, fazemos com que as empresas não tenham tanta facilidade em recorrer ao crédito para solucionar problemas decorrentes da subida do preço da matéria prima, resultando daí o agudizar da crise.

Bem dito. É que a nós (que tivemos a infeliz ideia de comprarmos casa) toca-nos na carteira.

domingo, junho 29, 2008

332. Y viva España...

A Espanha ganhou o Europeu e mereceu ganhar porque não deu qualquer hipótese aos seus adversários. Acredito que seja também a vitória de um dos campeonatos mais competitivos do mundo. Em comparação os elementos da equipa Portuguesa jogam nos diversos campeonatos europeus, têm qualidade evidente, mas não é cultivado o espírito de equipa.

Será que Portugal tinha ganho se em vez de um Ricardo tivessemos um Casillas na baliza? Creio que isso não teria tanta importância como o facto de eles serem mais combativos, mais rápidos e mais eficazes.

Não vimos as fintas bonitas dos nossos rapazes, vimos um futebol rápido ao primeiro toque. Vimos a inteligência a funcionar no meio campo.

Felizmente que não tivemos de jogar com a Espanha no final, ou seria uma reedição de Aljubarrota ao contrário, corporizada numa mais do que eventual derrota portuguesa.

terça-feira, junho 24, 2008

331. Sardinhas, Marteladas e Alho Porro

Felizmente que não tenho de explicar a nenhum estrangeiro a nossa tradição da festa do S. João. Aquela coisa das marteladas com os martelos de plástico, o maldito alho porro. E depois são as rusgas, as pessoas na rua. Mais do que em qualquer outro dia, Braga transforma-se e ganha vida.

Ao longo da vida, apenas duas situações tornam as recordações desta festividade mais penosa. Há muitos anos atrás houve uma afluência muito grande de pessoas na avenida. Como sempre existem duas massas humanas, uma que sobe a avenida e outra que desce. Nesse ano havia demasiada gente, e eventualmente menos espaço por causa de eventuais obras. O que é certo é que me vi no meio das duas massas, prestes a ser esmagado. A ideia não é simpática.

A segunda situação existe todos os anos, no portão que dá para o parque de exposições, transformado nestas festas num imenso parque de diversões. A passagem é estreita demais para tanta gente, o que ocasionava atropelos desnecessários.

segunda-feira, junho 23, 2008

330. Plataformas

Assistir ao quarto filme do Indiana Jones é para mim um assunto religioso. É uma saga que me tem perseguido desde a adolescência, como um vício. Não vou negar que Spielberg e George Lucas inculcaram em mim um gosto pelo cinema que nunca vou perder, mesmo que admita com algum pesar que as sequelas que estes senhores fazem nunca conseguem recuperar a magia dos primeiros filmes.

Aconteceu com a saga da Guerra das Estrelas, tinha eventualmente que acontecer com o Indiana.

Este quarto filme não passa de um misto de jogo de plataformas e de filme de uma reunião de amigos. Se Harrison Ford não esconde a idade que tem, a fantástica Karen Allen já está bastante mais acabada. Sempre foi das minhas preferidas, nunca lhe vou perdoar o facto de ter interrompido a carreira para este "familly movie".

Quanto a Shia (que em hebraico significa Dádiva de Deus) LaBeouf ("a bife"??) safa-se bem. Memorável a cena dele a lutar à espada com Cate Blanchett. Menos feliz na cena da cobra. Vê-se perfeitamente que se trata de uma cobra de borracha.

No fim de contas: excesso de efeitos digitais, história fraca.