domingo, novembro 18, 2007

143. Worst of

É muito mais complicado fazermos uma lista do que gostamos do que o que não gostamos. Acontece com tudo, desde a comida à música. Com o cinema é a mesma coisa. É muito fácil enumerar os filmes que não gostei, encabeçados pelo Crash de Cronenberg.

Quanto ao melhores é muito complicado - a principal razão é que os filmes são efémeros, são feitos para serem consumidos na primeira vez, porque depois perdem grande parte do encanto. Os melhores filmes são os que se vêem na altura, e mais do que a qualidade do filme, o que fica é o momento.

Assim sendo, temos para começar, o Matrix, pela inovação, pela história, e pela construção do personagem de Neo. A última vez que tinha sido arrastado desta forma para outro universo aconteceu com o primeiro episódio da Guerra das Estrelas e com os Salteadores da Arca Perdida.

Depois temos os filmes de Coppola, Apocalypse Now e principalmente o Padrinho. Curiosamente, o actor que dança ao som do Satisfaction em cima do barco é o mesmo que personificou o Morpheus, no Matrix. Quanto ao Padrinho, é um filme perfeito, só superado pelo livro, que comprei em segunda-mão em Matosinhos por 400 Escudos.

Quanto às comédias românticas, a minha preferida é, de longe, Quatro Casamentos e um Funeral. Gostei tanto que usei o elogio funebre da cena do funeral como dedicatória do livro de curso de uma grande amiga (desculpa...!)

No campo do humor, temos o Taxi, o Fabuloso Destino de Amélie e Delicatessen. Todos filmes franceses. Existe um filme Americano que guardo na memória "Freddie Bueller's Day Off", em português "O Rei dos Gazeteiros".

Em termos de Suspense e Acção, "Alien" e "Seven". Artes marciais? "O tigre e o Dragão".

Animação: Shreck e Nemo. Também de longe. O primeiro pelo humor, enquanto o segundo é outro filme perfeito.

Filmes portugueses? Cresçam e apareçam.... Um bom filme nasce em primeiro lugar de um bom argumento. Sem história um bom realizador não consegue fazer absolutamente nada. É como um pedreiro que lhe tenham dito apenas "quero ali uma casa". E podem ter os melhores tijolos que conseguirem (leia-se actores), sem um bom projecto a casa não vai a lado nenhum...