Peço desculpa pelo despropósito do título, mas apeteceu-me escrever qualquer coisa mais porcalhona. É a vida.
Por falar em porcalhona, quero contar uma história que presenciei hoje. Fui passar o dia a Samil, a praia de Vigo. Comento com a minha mulher a ausência de lixo na praia e a diferença para o que se passa nas praias e pinhais Portugueses.
À minha volta só ouço falar português.
De tarde chega um grupo de jovens, três rapazes e uma rapariga (linda por sinal). Falavam francês. A rapariga (linda por sinal) bebia água de uma garrafa de litro e meio. Um dos rapazes bebia de uma garrafa de meio litro. Reconheci a marca, LUSO.
Ao fim da tarde levantaram-se, arrumaram as toalhas e deixaram na areia as duas garrafas, meio enterradas, num gesto provocatório. Fiquei-lhes com um pó que nem imaginam. Quem limpe a praia e conheça a proveniência da garrafa vai atribuir-nos a culpa.
Eu também tenho a minha quota-parte da culpa, porque podia ter posto as ditas garrafas no lixo. Mas esta quota-parte não me pesa assim tanto na consciência.