terça-feira, setembro 18, 2007

64. A Norte nada de novo

Monção hoje estava cheia de polícia, brigada territorial, brigada de trânsito, etc.. Parecia que estavamos em estado de sítio, num Iraque qualquer. As pessoas, sabendo que a brigada de trânsito estava a multar a torto e a direito, estavam tensas. Fugiam pelos caminhos mais longos para evitar a polícia, Um homem parou o carro perto de um ecoponto para deitar fora garrafas (what else?...) , e não saiu sem antes pôr o colete.

Vive-se um clima de tensão, muita gente sente receio infundado de encontrar a polícia, como se algo muito profundo na nossa sociedade, revelando uma incompatibilidade histórica com a autoridade. Se não devemos não tememos, mas tememos esquecer-nos de algo que um polícia menos compreensivo pode pegar. Vivemos num país de regras, tantas que duvido que haja alguém que as saiba todas, tal como duvido que haja alguém que as cumpra na íntegra - mesmo os próprios legisladores.

Não nos podemos esquecer que a autoridade existe para manter a ordem e fazer cumprir as leis, as mesmas leis que fazem com que a sociedade funcione.

Dizem as más línguas que a estranha afluência policial em Monção se devia ao facto de um dia antes um condutor ter agredido dois agentes numa operação stop. Depois de ter abalroado o carro da patrulha e depois dos GNR terem ido atrás dele. O fulano era de tal forma que foram necessários seis para resolver a questão.