O Natal na nossa família foi sempre uma época estranha, desde o acidente com a caldeira que ia rebentando com a nossa cozinha no Dia de Natal.
Sinceramente, não percebo o Natal. Uma vez por ano as pessoas lembram-se de torrar dinheiro a oferecer coisas que podiam muito bem ser dadas de um forma gradual, ao longo do ano. Mas não. Ainda por cima as pessoas devem sentir-se carentes, pelo que toca a encher os corredores dos Centros Comerciais. Ainda por cima, sempre os mesmos corredores dos mesmos centros comerciais.
Em Dezembro não se pode ir a lado nenhum sem corrermos o risco de sermos pisados, massacrados violentamente contra as montras. Já bastava a tortura psicológica de olhar para os preços das mesmas montras, ainda temos de sentir o sabor do vidro.