segunda-feira, outubro 06, 2008

370. O regresso da rã

Nos meus tempos, jogávamos ao frogger, que não passava de uma rã que tentava atravessar uma estrada movimentada. Quando era atropelada, voltava ao ponto de partida, sem sermos incomodados com salpicos de sangue.

Os jogos actuais são hiper-realistas. Além de sangue vemos coisas macabras como a que apareceu numa revista da especialidade, onde aparece como coisa perfeitamente comum que o jogador use um braço decepado como arma de defesa.

Se é isto que os nossos filhos passam o tempo a fazer quando jogam no computador, não admira que cheguem à escola com instintos homicidas, ou que descarreguem nos mais novos todo o stress acumulado.

Enquanto pai, recuso-me a pensar que não temos uma palavra a dizer sobre isto.

Podem chamar-me de "careta" ou algo parecido. A diferença é que eu sou da primeira geração dos video-jogos, da altura em que passava horas em frente ao computador, além disso trabalho na área e sei a facilidade com que os jovens "arranjam" estes jogos.

Portanto, senhores pais. Não partam do principio que as horas que os vossos filhos passam à frente do computador são dedicadas ao estudo, ideia essa que só o nosso governo vos quer tentar vender por CINQUENTA EUROS. Tenham uma atitude atenta. Se for necessário, tirem um curso de informática, para não darem como desculpa "eu não percebo nada daquilo, não percebo como é que o meu filho reprovou o ano, tinha sempre boas notas até comprar o Magalhães, ..."




PS - Estou a usar o Magalhães como exemplo. Sei perfeitamente que naquela máquina da Intel o único jogo que vai correr a velocidades decentes é o próprio Frogger...